Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti exigem atenção especial nos menores de dois anos – Jornal O NORTÃO
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Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti exigem atenção especial nos menores de dois anos


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Crianças também são afetadas pela dengue e chikungunya; médica da Femina alerta para prevenção e sintomas

Crianças e bebês também estão vulneráveis às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue, zika e chikungunya. Os cuidados devem ser redobrados, principalmente nos menores de dois anos, alerta a pediatra Miriane Rondon, do Hospital e Maternidade Femina, em Cuiabá. Nos bebês, a dor nas articulações não é a principal manifestação da doença, sendo necessário observar outros sintomas.

“Em bebês menores, como ainda não conseguem se expressar é possível identificar sinais como febre, manchinhas no corpo, maior irritabilidade e choro frequente”, explica a especialista. Em crianças maiores, além da febre, podem surgir dores nas articulações, especialmente na chikungunya, que provoca sintomas articulares mais intensos e prolongados. “Na dengue, também pode haver dor nas articulações, além de dor de cabeça, dor atrás dos olhos, manchas na pele e febre”, frisa a médica.

Dados da Secretaria de Saúde do Estado de Mato Grosso indicam que, até o momento, foram notificados 19.139 casos de chikungunya neste ano, com 15.539 confirmações, 22 óbitos e 10 mortes em investigação.

Prevenção

A prevenção é fundamental para evitar o contágio. “A partir dos dois meses de idade, já existem repelentes adequados para uso. Além disso, é importante manter a casa fechada no início da manhã e no final da tarde, períodos em que o mosquito tem maior atividade”, orienta a pediatra.

Ela também destaca que a aplicação do repelente deve seguir recomendações específicas. “Para bebês entre dois meses e um ano, a recomendação é aplicar o repelente apenas uma vez ao dia. A partir de um ano, o uso pode ser feito até duas vezes ao dia. É essencial verificar se o repelente é adequado para bebês, dando preferência aos que contêm icaridina, pois são mais eficazes contra o mosquito”, relata.

A pediatra explica ainda que a vacina Qdenga, um imunizante tetravalente de vírus atenuado, ajuda a prevenir casos graves de dengue ao fortalecer a resposta do sistema imunológico. Recomendada pelo Ministério da Saúde, é distribuída em estados e municípios com maior incidência da doença e também está disponível na rede privada. A vacinação é indicada a partir dos 4 anos de idade.

Sinais de alerta

Os sintomas graves exigem atenção médica imediata. “Deve-se procurar o pronto atendimento o quanto antes em casos de dor abdominal intensa e persistente, vômitos frequentes, sangramentos espontâneos, desmaio ou sensação de desmaio”, enfatiza Miriane.

A médica também salienta que a diminuição da diurese (pouca produção de urina) é outro sinal de alerta, podendo indicar complicações tanto da dengue quanto da chikungunya.

Diferença entre dengue e chikungunya

A principal diferença entre as doenças está na duração dos sintomas articulares. “A chikungunya, além da febre, causa sintomas articulares mais intensos, que podem persistir por semanas. Já na dengue, essas dores não costumam se prolongar”, explica a especialista.

“Embora não seja uma doença nova, a chikungunya tem apresentado muitos casos em que a artrite e a dor nas articulações persistem por semanas ou até meses. Ainda estão sendo realizados estudos para entender melhor essas consequências e a melhor forma de tratá-las”, complementa.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico de chikungunya é feito com base nos sintomas apresentados, como febre alta e dor intensa nas articulações, e pode ser confirmado por exames laboratoriais, como RT-PCR e sorologia. O tratamento consiste no alívio dos sintomas com medicamentos como paracetamol ou dipirona, sempre sob orientação médica.

É recomendado repouso e hidratação adequada. Para casos de dor crônica nas articulações, podem ser prescritos corticoides ou hidroxicloroquina.

“A prevenção continua sendo a melhor forma de combater essas doenças, evitando focos do mosquito transmissor, como o acúmulo de água parada, e adotando medidas de proteção individual, como o uso de repelentes e roupas adequadas”, conclui Miriane Rondon.

Sobre o Hospital Femina

Há 45 anos em atividade, o Hospital e Maternidade Femina é referência em Pediatria, Obstetrícia, Ginecologia e Pronto Atendimento, oferecendo plantão 24 horas. A unidade também dispõe de laboratórios para análises clínicas e possui UTI adulta, neonatal e pediátrica, garantindo atendimento de alta qualidade em diversas áreas da saúde.

Fotos: Banco de imagem
ASSESSORIA DE IMPRENSA HOSPITAL FEMINA
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