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Dispara uso de bionematicidas na soja


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Mais de 2,5 milhões de hectares de soja foram tratados com bionematicidas na safra 2018-19, aponta estudo da consultoria Spark Inteligência Estratégica que revela ainda uma tendência de alta no uso de defensivos agrícolas biológicos nessa cultura. De acordo com os dados levantados, os bionematicidas responderam pela metade desse mercado, movimentando cerca de US$ 50 milhões em vendas na última safra.

O mercado total de produtos biológicos na cultura da soja, aponta a Spark, chegou a US$ 100 milhões, com alta de 45% ante o ciclo anterior, sendo empregados principalmente no tratamento de sementes. Segundo a consultoria, principal do setor estudos para o agronegócio, especialmente defensivos agrícolas e sementes, o aumento da adoção de insumos específicos para controle de nematoides foi o principal fator de influência do desempenho surpreendente dos biológicos na soja. 

De acordo com Cristiano Limberger, gerente de relações com clientes da Spark, a adoção dos nematicidas no País saltou de 2% na safra 2016-17 para 9% na última. No Estado de Mato Grosso, por exemplo, relata o executivo, os nematicidas foram aplicados em 16% da área cultivada com a oleaginosa na safra 18/19, ante 7% do período 17/18 e apenas 2% do ciclo 16/17.

Limberger afirma que o crescimento das vendas de bionematicidas decorreu do aumento da oferta de insumos do gênero, resultante de investimentos das empresas do setor na área pesquisa e desenvolvimento de tecnologias, e também da concessão de registros a novos produtos pelos órgãos reguladores.

De acordo com o executivo, além dos bionematicidas, produtos biofungicidas registraram, igualmente, saltos significativos na adesão de produtores. Esta categoria foi a segunda mais vendida na sojicultura, no segmento de biológicos, na safra 2018-19, chegando perto de US$ 40 milhões em vendas. A adoção dos insumos cresceu de 1%, na safra 2016-17, para 7%, revela o estudo da Spark.

INOCULANTES EM ALTA

Outro dado relevante do estudo da Spark dá conta de que a adoção da coinoculação, uma prática agronômica que visa à nutrição de plantas de soja pela aplicação de produtos descritos como ‘inoculantes biológicos’, atingiu 15% da área cultivada no ciclo 2018-19. De acordo com a Spark, somados, os mercados de defensivos e inoculantes de base biológica movimentaram em torno de US$ 150 milhões no período. 

“Inoculantes constituem microrganismos adicionados às sementes de leguminosas. Eles auxiliam na melhor fixação biológica do nitrogênio como nutriente”, resume Hamilton Ramos, pesquisador científico do Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico (CEA-IAC), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP. 

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