Dia Mundial do Rim: conheça a história da fotógrafa que renasceu após o transplante renal – Jornal O NORTÃO
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Dia Mundial do Rim: conheça a história da fotógrafa que renasceu após o transplante renal


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Paraná tem mais de 2.500 pessoas na fila por um rim, segundo dados do Ministério da Saúde

Neste 13 de março, o mundo celebra o Dia Mundial do Rim, uma data dedicada à conscientização sobre a Doença Renal Crônica (DRC) e à importância da prevenção, do diagnóstico precoce e da doação de órgãos. A DRC é caracterizada pela perda progressiva e irreversível da função renal ao longo de três meses ou mais, podendo, nos casos mais graves, exigir um transplante para garantir a sobrevida do paciente.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, atualmente mais de 45 mil pessoas aguardam por um transplante de órgãos no Brasil, das quais aproximadamente 42 mil necessitam de um rim. Em 2024, foram realizados 6.316 transplantes renais no país, o que representa um leve aumento em relação a 2023, quando foram registrados 6.211 procedimentos. Do total de transplantes renais realizados no último ano, 3.931 foram em homens, majoritariamente na faixa etária de 50 a 65 anos, e 2.385 em mulheres, com maior incidência entre 35 e 49 anos. No Paraná, 2.550 pessoas esperam na fila por um rim.

A história de Priscila Fiedler, de 47 anos, é um exemplo da esperança que a doação de órgãos pode proporcionar. Fotógrafa profissional, Priscila levava uma rotina intensa de trabalho e, sem perceber, negligenciava sua saúde. “Eu trabalhava sete dias por semana, me alimentava mal e bebia pouca água. Nessa época, eu tinha uma rotina muito intensa de fotografia de eventos, eu também não tinha nem tempo e nem costume de fazer exames de rotina”, relembra. Os primeiros sintomas foram cansaço excessivo e dificuldade para subir escadas. Quando procurou um médico, recebeu a notícia inesperada: estava com falência renal e precisaria iniciar a hemodiálise imediatamente. A fotógrafa não tinha nenhuma comorbidade ou outras doenças, como diabetes e pressão alta.

Durante seis meses, Priscila passou por sessões de hemodiálise três v

ezes por semana, cada uma com duração de três horas e meia. “Era um processo desgastante, mas nunca desisti. Levava minha câmera comigo e continuava trabalhando, porque a vida não pode parar e a gente tem que seguir”, conta.

O dia mais esperado chegou pouco depois de seu aniversário. Recebeu a ligação do hospital informando que havia um rim compatível e que poderia finalmente realizar o transplante. “Foi um renascimento. Eu acho que o mais importante que mudou é essa visão da vida. É uma visão que valoriza mais pequenos detalhes, pequenos momentos e você passa a ter uma rotina mais saudável”, afirma.

“A doação de órgãos, ela é importante para salvar a vida, mas uma coisa muito importante para a gente parar para pensar também. A doença acaba te trazendo essa falta de esperança e quando a mente adoece, o corpo padece. O ato da doação de órgãos traz de novo a esperança de viver para essas pessoas. Isso salva a gente”, complementa. Para conhecer a história completa da Priscila, clique aqui.

Como se tornar um doador de órgãos?

Para ser um “doador vivo”, é importante a pessoa apresentar boas condições de saúde, passar por avaliações médicas e exames de compatibilidade, ser capaz juridicamente e, principalmente, concordar com a doação. Legalmente, pais, irmãos, filhos, avós, tios e primos podem ser doadores. No caso de doação para uma pessoa que não seja parente, é preciso obter autorização judicial.

Além disso, qualquer pessoa pode realizar uma Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO) nos mais de 8 mil cartórios do país. O documento é eletrônico e deve ser preenchido a fim de demonstrar o interesse em ser doador, podendo escolher quais órgãos quer doar. A lista inclui coração, pulmão, pâncreas, intestino, rim, fígado e até tecidos (córnea, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue de cordão umbilical).

Todas podem ser consideradas doadoras em potencial, independentemente da idade ou histórico médico. O que determinará a possibilidade de transplante e quais os órgãos e tecidos que poderão ser doados é uma avaliação do corpo feita por meio de exames clínicos, de imagem e laboratoriais no momento da morte. O mais importante é deixar claro para a família o seu desejo de ser doador. No Brasil, o transplante de órgãos só pode ser realizado após autorização familiar.

Não podem ser doadores de órgãos somente pessoas com diagnóstico de tumores malignos, doença infecciosa grave aguda ou doenças infectocontagiosas – destacando-se o HIV, as hepatites B e C e a doença de Chagas. Também não podem ser doadores os diagnosticados com insuficiência de múltiplos órgãos, situação que acomete coração, pulmões, fígado, rins, impossibilitando a doação desses órgãos.

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