Medicina
Dia Mundial da Saúde: ausência de doenças não é sinônimo de vida saudável
Compartilhe:
Hoje, dia 07 de abril, é o Dia Mundial da Saúde. Uma data criada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) para conscientizar as pessoas sobre novos conceitos relacionados ao bem-estar.
Muitos acreditam que o simples fato de não ter nenhum tipo de doença já é o suficiente para se considerar uma pessoa saudável. No entanto, fatores externos como a saúde do próprio planeta, o acesso à água limpa, ar puro e comida também influenciam diretamente na qualidade de vida.
Você é saudável?
É comum – e extremamente importante – uma pessoa realizar um check-up de tempos em tempos para saber como anda a saúde. Uma bateria completa de exames vai revelar se você tem ou está propenso a ter alguma doença. Mas, para se considerar uma pessoa totalmente saudável, existem mais alguns requisitos para preencher.
De acordo com a constituição da OMS “o conceito de saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença ou de enfermidade”.
“As pessoas vivem cada vez mais rotinas estressantes, com pouco tempo para praticar hábitos benéficos ao organismo, como, por exemplo, preparar uma refeição equilibrada ou praticar exercícios”, analisa o Dr. Nelson Tatsui, médico hematologista do HC-FMUSP.
Por isso é fundamental preocupar-se não apenas com a presença de doenças em nosso organismo, mas também com o estilo de vida que se leva. Muitas pessoas se perdem na correria diária e esquecem de valorizar momentos de bem-estar e alegria. Descontam frustrações e momentos de ansiedade em vícios como o cigarro e o álcool, além de dedicar pouco tempo para a saúde mental. Tudo isso, com o tempo, se torna uma bola de neve que nem sempre são apontadas em exames clínicos.
Mas, antes de uma doença mais grave se manifestar, o organismo nos dá alguns sinais. Irritabilidade, ansiedade e medo são alguns alertas que merecem atenção. Uma recente tendência médica começa a olhar com mais profundidade para essas questões, conforme explica a cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da Isaps (International Society of Aesthetic Plastic Surgery).
“A Medicina do Estilo de Vida tem como finalidade cuidar do paciente de forma global, mudando seus hábitos para não apenas tratar, mas, principalmente, para prevenir doenças. Ou seja, a Medicina do Estilo de Vida é uma maneira de fornecer ao paciente ferramentas para a mudança de seus hábitos”, comenta.
Ao todo, existem seis indicadores de saúde dentro da Medicina do Estilo de Vida. São eles:
Alimentação – A importância da alimentação saudável na pandemia
Controle do stress – Síndrome do esgotamento mental: descubra se a sua mente está esgotada
Prática de atividade física – Confira dicas especiais para combater o sedentarismo
Cessação do tabagismo – Tabagismo: Qual a importância em parar de fumar?
Qualidade do sono – Insônia: Confira cinco dicas para melhorar a qualidade do seu sono
Relações interpessoais – Quais são os riscos de adoecer na pandemia?
De acordo com cirurgiã vascular Dra. Aline Lamaita, membro da SBACV (Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular), esses conceitos são destinados para todas as faixas etárias. Portanto, o momento certo para começar a se cuidar é o quanto antes, de preferência agora.
“Já é cientificamente comprovado que até mesmo octogenários podem se beneficiar de mudanças no estilo de vida. A incidência do Alzheimer, por exemplo, diminui em 54% com a prática de atividades físicas três vezes por semana durante 30 minutos, independentemente da idade do paciente”, destaca a Lamaita.
Além de prevenir doenças, tomar cuidado com o bem-estar também pode auxiliar no tratamento delas. “E o melhor é que a Medicina do Estilo de Vida não atua apenas na prevenção das doenças, mas também no tratamento. Sabe-se que com mudanças de estilo de vida é possível não apenas prevenir, mas também reverter grande parte das doenças”, completa a especialista.
Terra.com.br