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Dez municípios sem médico em Mato Grosso
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Um levantamento preliminar feito pelo Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) aponta que pelo menos 10 cidades de Mato Grosso devem ficar temporariamente sem médicos dedicados à atenção básica em saúde na rede pública com a saída dos cubanos do programa “Mais Médicos”.
Nesses municípios, o atendimento na atenção básica é feito exclusivamente por profissionais do “Mais Médicos” e a estimativa é de que nessas localidades a população poderá ficar desassistida por um período. Em todo país, são 285 cidades em 19 estados brasileiros.
No Estado, as cidades apontadas são Araguaiana, Figueirópolis D’Oeste, Indiavaí, Luciara, Novo Santo Antônio, Reserva do Cabaçal, Ribeirãozinho, Santo Antônio do Leste, São José do Povo e Tesouro, conforme informações do site G1. A estimativa do conselho segue critérios, como municípios que têm apenas uma equipe de saúde da família (ESF), a equipe precisa ser participante do “Mais Médicos” e o médico dessa equipe de saúde era cubano.
Ontem pela manhã, o Ministério da Saúde (MS) informou que cerca 84% das vagas do novo edital do programa já foram preenchidas. No Estado, conforme informações da Secretaria de Saúde do Estado, existem ao todo 258 vagas para médicos, entre brasileiros e estrangeiros, pelo programa. Desse total, existem 19 vagas descobertas (sem médicos). Até então, 132 vagas eram ocupadas por médicos cubanos.
Vizinha a Cuiabá, Várzea Grande contava com um cooperado cubano atendendo os moradores da comunidade ribeirinha do Souza Lima. Segundo a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) o médico já foi desligado, mas está sendo substituído por outro profissional da rede até a seleção que está sendo feito Ministério. “Os moradores não ficaram desassistidos”, afirmou a SMS por meio da assessoria de imprensa.
A inscrição para o programa vai até 7 de dezembro próximo. No terceiro dia de inscrições, o último balanço do Ministério da Saúde registrava 19.994 inscritos com CRM Brasil ou que revalidaram o diploma no país. Desse total, 13.341 foram efetivadas e 7.154 profissionais já estão alocados no município para atuação imediata.
Na apresentação ao município, que vai até 14 de dezembro, o médico deve apresentar todos os documentos exigidos no edital. “Com a alta procura e a apresentação imediata do médico ao município, a expectativa é de suprir a ausência do médico cubano com o médico com CRM o mais rápido possível”, afirmou o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, por meio da assessoria de imprensa.
Neste edital do “Mais Médicos” são ofertadas 8.517 vagas para atuação em 2.824 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), que antes eram ocupadas por médicos da cooperação com Cuba. O acordo de cooperação entre Cuba e o Brasil Pan-Americana de Saúde (OPAS), os 8.322 médicos recrutados em Cuba para trabalhar em cidades brasileiras devem deixar o país até dia 12 de dezembro. As despesas do deslocamento serão pagas pelo governo cubano.