Religião
Deus é amor, mas o amor não é Deus – Por Alex Esteves
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Somente o regenerado pode compartilhar do amor de Deus, porque santificado pelo sangue de Cristo e guiado pelo Espírito Santo. Daí, portanto, é que os discípulos de Cristo podem ser conhecidos pelo amor (cf. Jo 13.35), e é também por isso que o apóstolo Paulo tem condições de exortar a igreja a conhecer o amor de Deus em sua plenitude (cf. Ef 3.18,19).
Como Igreja, fomos chamados para proclamar “todo o conselho de Deus” (cf. At 20.27), e não para escolher, dentre Seus atributos, aquele ou aqueles que mais interessam às nossas preferências ideológicas ou à nossa cosmovisão. O “conselho de Deus”, nessa passagem, está relacionado ao plano divino, aos desígnios que, revelados nas Escrituras, contribuem, de maneira suficiente, para a nossa salvação.
Anunciar um evangelho pautado pelo amor, mas sem as vindicações bíblicas quanto ao arrependimento e à fé produz uma mensagem deficiente, que pode ser identificada com filosofia moral ou ativismo social e político, mas não com o caráter da Palavra de Deus.
Jamais o amor divino iria contrariar a santidade e a justiça do nosso Senhor, que, aborrecendo o mal, estabeleceu para a redenção um Caminho exclusivo, que passa necessariamente pelo sacríficio vicário e expiatório de Seu Filho Jesus.
Em tempos de “inclusão” e de bandeiras virtuosas empunhadas pela beautiful people, é na tragédia e vergonha da Cruz que o Homem pode obter o perdão de seus pecados. Sem arrependimento e fé, será absolutamente impossível chegar ao Pai, sendo inúteis quaisquer discursos ou “boas obras”, mesmo daqueles que se orgulham de seu amor para com a humanidade.
Alex Esteves
Ministro do Evangelho na Assembleia de Deus em Salvador/BA. Membro do Conselho de Educação e Cultura da CONFRAMADEB. Bacharel em Direito. Casado e pai de três filhos.