Aripuanã
Descaso: Nexa não aceita participar de reunião sobre o Projeto Aripuanã
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A Câmara de Vereadores de Aripuanã realizou na segunda-feira passada (10), uma reunião para debater sobre as contrapartidas que deverão ser feitas ao município, pelo empreendimento Nexa, devido aos impactos gerados pelo Projeto Aripuanã.
Nexa está perto de obter licença para projeto de zinco no Mato Grosso
Participaram do encontro, o promotor de Justiça Carlos Frederico, prefeito Jonas Canarinho, secretários municipais, advogados, representantes da Polícia Militar, associações, sindicatos, e imprensa local. Para a reunião na Casa Legislativa, os vereadores oficializaram convite aos representantes da empresa Nexa, que não compareceram, para frustração do público presente.
O presidente da Câmara, vereador Tita da Morena, lamentou a ausência dos representantes da empresa na reunião. “No último dia cinco recebemos um ofício da Nexa, comunicando que não participaria da reunião e que somente após a manifestação da SEMA/MT é que apresentaria aos gestores públicos locais, os Programas de Controle Ambiental. Acho que eles poderiam ter comparecido pessoalmente, pelo menos para falar o que vai ser feito e o que não vai. Só que continuaremos buscando as respostas que a população aripuanense tanto cobra”, diz.
Conforme o subcomandante da PM de Aripuanã, tenente Antonietti, o que foi proposto pela empresa, em conversas anteriores, para o setor da segurança pública do município, seria a doação de viaturas para as polícias Civil e Militar. “Para a PM, isso não é viável, porque a frota de viaturas do Estado é locada e a empresa locadora é quem faz a manutenção. Assim sendo, não teríamos recursos para arcar com esse serviço, e os veículos eventualmente virariam sucata. Nossa maior necessidade é a construção de um quartel, já que atualmente utilizamos um imóvel alugado”, completa.
Segundo o vereador Geraldo Lara, esta seria a oportunidade de o Poder Público Municipal participar das discussões sobre as necessidades do município e saber o que o empreendimento pode oferecer. “O que nós queremos saber, é o que será investido e para quais áreas serão destinados os investimentos, apenas isso. Não podemos aceitar que a empresa decida sozinha sobre essas medidas mitigadoras”, enfatiza.
De acordo com a Nexa, deve ser investido R$ 1 bilhão no desenvolvimento de um projeto polimetálico de zinco, cobre e chumbo no município de Aripuanã, no noroeste de Mato Grosso. O projeto fortalece a posição da empresa como uma das cinco maiores produtoras mundiais de zinco, liderando a produção do minério na América Latina.
O investimento consiste em uma mina subterrânea para lavra e beneficiamento dos minérios zinco, cobre e chumbo. O Projeto Aripuanã representará o início das atividades da empresa no Estado. O empreendimento está previsto para entrar em operação em 2020, porém ainda aguarda a Licença de Instalação (LI) pela SEMA/MT.