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Desaparecido há 47 dias, pai de piloto de avião pede ajuda de Consulado na Bolívia


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O metalúrgico Adelson Zamberlan, pai do piloto Felipe Meirelles Zamberlan, contou que segue sem notícias do paradeiro do filho, que está há 47 dias desaparecido, após ter saído de sua casa em Sapezal (478 km de Cuiabá) para levar um avião de Goiânia (GO) para Palmas (TO).

Em entrevista ao MidiaNews, o pai contou que o desespero já tomou conta da família e que, inclusive por conta própria, entrou em contato com o consulado brasileiro na Bolívia para saber se o filho estaria no País.

“Eu pesquisei na internet e mandei um e-mail pedindo informações a eles. Passei os dados do meu filho e contei o que tinha acontecido. Eles me responderam pedindo a cópia do boletim de ocorrência, mas até agora não me responderam”, contou.

Felipe, de 22 anos, saiu de Sapezal no dia 20 de junho, com destino a Cuiabá, onde iria pegar um vôo comercial para Goiânia. O último contato feito foi com a namorada, após quatro dias, quando revelou que estava em uma cidade do Pará –  informação totalmente diferente daquela dada aos pais.

Segundo a mensagem enviada à namorada por meio do aplicativo de conversas WhatsApp, o jovem relatou que estaria de volta a Mato Grosso no dia 25 de junho. Desde então o celular de Felipe está desligado e ele não entrou mais em contato com nenhum de seus familiares ou amigos.

Após uma semana, Adelson contou que procurou a Polícia Civil e informou o desaparecimento do filho, mas que até o momento não recebeu nenhuma pista concreta do que aconteceu.

Chegou, inclusive, a procurar em todos os hospitais da região em que o jovem talvez pudesse estar internado, se tivesse sofrido algum acidente, mas não encontrou nada.

Uma informação obtida por meio de amigos o levou até Porto Velho (RO), em busca de Felipe, mas se mostrou infundada, assim como todas as outras.

“A gente recebeu essa informação de que ele poderia ter ido para lá [Rondônia]. Então eu fui confiando que ele poderia estar lá. Fui em todos os hotéis da cidade, um por um, pedi informações no aeroporto, em hospitais, mas não tinha nada. Foi uma viagem perdida”, disse.

O metalúrgico, que tem mais outros dois filhos – de 20 e 27 anos – estão sofrendo com o desaparecimento do rapaz. Segundo ele, a esposa é a que mais sofre.

“A mãe dele está baqueada. Eu ainda saio para ir trabalhar o dia todo e quando volto ela está aqui. É a que mais sofre com tudo isso, com certeza”, contou.

Suspeitas

Adelson revelou que a maior tortura é a psicológica, ao imaginar o que pode ter acontecido com o filho.

“Já passou tanta coisa pela minha cabeça: que mataram meu menino e jogaram o corpo por aí, que seqüestraram ele. Isso tudo ‘mata’ a gente”, desabafou.

O pai chegou a achar que Felipe poderia estar no avião que fez um pouso forçado no Pará, após uma briga entre os passageiros e o piloto, que resultou em morte, no dia 28 de junho.

Na ocasião, o piloto foi o único sobrevivente, e contou à Polícia Civil, que após uma discussão entre os dois passageiros que estavam na aeronave, um matou o outro a tiros.

Apesar do relato, o versão não foi confirmada e o caso está sendo investigado.

“A gente pensou que, sim, por um instante. E entramos em contato com o delegado de lá, mostramos foto dele, que mostrou para esse suspeito, que não o reconheceu. Ficaram de pedir o DNA para ter certeza, mas até agora nada”, revelou.

“Só que agora não acredito que ele teria estado naquele avião, porque o Felipe pilotava só monomotor e o avião de lá é  bimotor”, disse.

O metalúrgico disse que recebeu a informação de que o suposto contratante de Felipe, que seria dono do avião, também estaria desaparecido, e acredita que os dois estejam juntos.

“Nós conseguimos achar informações sobre esse homem, que não conhecia, e a namorada dele contou pra minha mulher que ele também está desaparecido, mas não é certeza. A gente acha que eles poderiam estar juntos”.

Quem tiver qualquer informação a respeito do paradeiro de Felipe Zamberlan, pode entrar em contato com Adelson pelo número (66) 99994-5927.

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