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Deputada Alessandra denuncia racismo e ameaça de morte contra vereadora de Tonantins


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Em pronunciamento no pequeno expediente desta quarta-feira, 7 de novembro, a deputada estadual Alessandra Campêlo, líder do MDB na Assembleia Legislativa do Amazonas, relatou que a vereadora Suelem Lofiego, do MDB de Tonantins, estaria sofrendo injúria racial e ameaça de morte por parte do prefeito do município localizado a 872 quilômetros de Manaus em linha reta, Lázaro de Souza Martins (PP), o “Curica”.

O pano de fundo são as denúncias sobre o descaso com a saúde municipal trazidas ao conhecimento do Poder Legislativo pela vereadora e reforçadas na tribuna da Casa por Alessandra na semana passada. Além disso, segundo a parlamentar, as ameaças contra a vereadora se agravaram após a mesma ter declarado apoio ao então candidato a governador Wilson Lima. O prefeito caminhou com o atual mandatário na campanha.

“Ela (Suelem Lofiego) vem sofrendo ameaças e injúrias. O prefeito teve a audácia de, numa reunião, chamar a vereadora de ‘macaca’. Mas o mais grave: ele disse a três pessoas, e uma delas concordou em testemunhar, para a vereadora ter cuidado porque senão ela vai virar uma nova Marielle Franco. Senhores, isso é ameaça de morte porque a vereadora Marielle Franco foi brutalmente assassinada, executada”, denunciou Alessandra, referindo ao episódio de repercussão internacional ocorrido no dia 14 de março deste ano, no Rio de Janeiro.

Alessandra, por meio da Comissão da Mulher e Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, vai levar o caso ao conhecimento de órgãos como a Procuradoria da Mulher no Senado Federal, Secretaria Estadual de Segurança Pública, Ministério Público Estadual e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AM).

 Repasse de quase R$ 1 milhão

Inicialmente, Alessandra apresentou documentos do Portal da Transparência que, na sua análise, comprovam o repasse de R$ 945 mil para o Hospital de Tonantins somente em 2018. A informação da semana passada foi contestada pela prefeitura do município.

“Diferente do que o prefeito e algumas pessoas falaram, a prefeitura recebeu sim o recurso. Foi quase um milhão de reais somente até o mês de outubro e lá o hospital muitas vezes não tem nenhuma aspirina para a pessoa tomar. Então o prefeito tem que responder por isso sim, mas agora que está negando – e está aqui a prova – ele vai ter que responder ao Ministério Público Federal e Estadual”, argumentou Alessandra.

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