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Dengue e zika caem, mas chikungunya aumenta 262% em Mato Grosso
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Enquanto o país registrou aumento na notificação de dengue em 2018 se comparado a 2017, Mato Grosso apresentou redução de 21,6% no número de casos da doença no mesmo período. Cenário semelhante foi verificado em relação a zika, que teve uma queda de 58,7% nas ocorrências. Em contrapartida, os registros da febre chikungunya cresceram 262,8% no Estado.
Os dados, associados a circulação do vírus da dengue “tipo 2” em São Paulo (SP), reforçam o alerta para intensificar a prevenção dos agravos transmitidos pelo Aedes aegypti. Ao todo, ocorreram 15 óbitos, sendo seis por dengue (quatro confirmados e dois em investigação) e nove por chikungunya (oito confirmados e um investigado).
De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde (Ses/MT), no ano passado (até 29 de dezembro) foram 9.584 notificações da dengue contra 12.222, em 2017. A quantidade coloca o Estado em risco médio de contaminação deste tipo de agravo, que apresentou uma incidência de 289,9 por 100 mil habitantes, em 2018. Porém, em Várzea Grande e em Sinop, com taxas de 580,8%/100 mil e 521,3/100 mil pessoas respectivamente, o risco é considerado alto.
No país, em 2017, foram registrados 239.389 casos prováveis de dengue. Em 2018, foram 265.934. Destes, 174.724 (65,7%) casos foram confirmados e, 195.131, descartados. Neste caso, os dados, sujeitos à alteração, são da Secretaria de Vigilância em Saúde, ligada ao Ministério da Saúde (MS) e se refere a semana epidemiológica (SE) de número 52.
Chama a atenção a circulação do sorotipo 2 da dengue em 19 cidades detectada em São Paulo e que colocou o estado em alerta. Isso por que pessoas infectadas por sorotipos diferentes em um período de seis meses a três anos podem ter uma evolução para formas mais grave da doença. “Estamos no período chuvoso, o que, consequentemente, provoca o aumento do número de criadouros do Aedes aegypti. Com isso, ocorre a necessidade do aumento da atenção e de cuidados com essas doenças transmitidas por este vetor”, recomenda a Ses aos municípios.
Já a chikungunya saltou de 3.942 para 14.300 no espaço de tempo. Com uma incidência de 433 casos por 100 mil indivíduos, o Estado tem alto risco de contaminação da doença. Novamente, o município de Várzea Grande é um dos que mais preocupam. Por lá, foram 10.122 casos no ano passado, com uma taxa de 3.730/100 mil. Em Cuiabá, são 2.173 notificações, com taxa de 371/100 mil. No país, conforme o MS, em 2017, foram 185.593 casos prováveis da febre. Em 2018, 87.687, com uma incidência de 42,1 casos/100 mil habitantes em todo território nacional.
Em relação a zika, foram 1.072 ocorrências no ano passado contra 2.596, no anterior, em todo o território mato-grossense. Em nível nacional, em 2017, foram 17.593 casos prováveis. No ano passado, foram 8.680 ocorrências, com taxa de incidência de 4,2 casos/100 mil pessoas. Destas, 3.984 (45,9 %) casos foram confirmados.