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Delegação da Ucrânia chega a Belarus para negociações com a Rússia
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O quinto dia de conflito na Ucrânia será marcado por muitas reuniões. Em Gomel, na fronteira da Belarus, começa o encontro das delegações russas e ucranianas para tentar por fim a guerra.
Há também reuniões marcadas na União Europeia para apertar o cerco contra a Rússia e isolar o país.
Os ministros de energia tem encontro marcado para discutir alternativas a dependência da UE ao gás russo. E os da Defesa se unem para viabilizar o envio de armamento a Ucrânia.
A reunião dos 27 ministros da Defesa da União Europeia ocorrerá por vídeo conferência para decidir como aplicar os 500 milhões de euros anunciados, no domingo, pelo alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, para a comprar de material que será depois enviado para as tropas ucranianas
Estes 500 milhões de euros são destinados a disponibilizar armas defensivas mas também armas de grande calibre, anti-tanques, combustível e outro tipo de equipamentos que ajudem a repelir a agressão.
Reunião
A delegação ucraniana chegou nesta segunda-feira (28/2) à área na fronteira com Belarus, exigiu um cessar-fogo imediato e a retirada das tropas russas, o anúncio foi realizado pela a presidência da Ucrânia. A delegação é composta pelo ministro da Defesa, Oleksiy Reznikov, juntamente com o conselheiro da presidência, Mikhailo Podoliak.
“A delegação ucraniana chegou à área da fronteira Ucrânia-Belarus para participar nas negociações”, informou a presidência em um comunicado. “A questão chave é um cessar-fogo e a retirada das tropas do território ucraniano”, acrescenta a nota.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu aos militares russos que invadiram a Ucrânia a “depor as armas”, em um vídeo divulgado pouco antes do início das negociações com a Rússia, nas quais Kiev exige a retirada das tropas russas. “Abandonem seu equipamento, saiam daqui. Não acreditem em seus comandantes, não acreditem em seus propagandistas. Apenas salvem suas vidas”, afirmou em russo.
No quinto dia da ofensiva, Moscou afirma que deseja discutir um “acordo” com Kiev durante o diálogo desta segunda-feira, no momento em que a invasão parece encontrar mais resistência.
“Cada hora que o conflito de prolonga, cidadãos e soldados ucranianos morrem. Nós nos propusemos a chegar a um acordo, mas tem que ser do interesse das duas partes”, declarou o negociador russo e conselheiro do Kremlin, Vladimir Medinski.
Com informações da Agência France-Presse*
Correio Braziliense