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Direto de Brasília

Dados de requerimentos da CPI da Covid indicam que pedidos de senadores governistas saíram do Palácio do Planalto


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Dados “ocultos” nos arquivos eletrônicos enviados à CPI da Covid nesta quarta-feira (28) indicam que pelo menos 11 requerimentos protocolados por senadores aliados do governo foram, na realidade, produzidos por funcionários do Palácio do Planalto.

A assinatura da assessora especial da Secretaria de Assuntos Parlamentares da Secretaria de Governo, Thaís Amaral Moura, aparece nos metadados dos requerimentos para que a CPI convoque médicos e especialistas alinhados ao governo Jair Bolsonaro – que defendem o uso de remédios cuja ineficácia está cientificamente comprovada e criticam o isolamento social no combate à Covid.

Os metadados são informações inseridas automaticamente nos arquivos digitais e que indicam a origem de um documento. Em fotos digitais, por exemplo, os metadados informam o modelo da câmera e a data do registro.

Em arquivos de texto, os metadados podem indicar o nome do autor ou da pessoa que tinha feito login no sistema quando o documento foi salvo. Essa assinatura não aparece escrita junto ao texto, mas fica armazenada nas propriedades de cada arquivo.

Ao todo, cinco dos 11 requerimentos protocolados por Ciro Nogueira (PP-PI) e seis dos sete apresentados por Jorginho Mello (PL-SC) têm Thaís Amaral Moura como autora.

As informações foram reveladas pelo jornal “O Globo” – em seguida, o G1 e a TV Globo também verificaram os dados.

A TV Globo pediu posicionamento à Secretaria de Governo e aos dois parlamentares. O senador Jorginho Mello informou que não comentará o assunto; a TV Globo aguarda as outras respostas.

G1.globo.com

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