Medicina
Cuide do seu intestino e previna doença gastrointestinal
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Por Janaína Marques
Dor no estômago, alterações metabólicas, excesso de gases, flatulência são só algumas das queixas dos pacientes que, todos os anos, buscam solucionar problemas digestivos. De acordo com a Federação Brasileira de Gastroenterologia, quase metade dos brasileiros sente algum sintoma de má digestão, como refluxo, azia e tosse seca. Por isso, uma alimentação correta, saudável e equilibrada, com suficiente aporte de calorias e nutrientes é essencial para o bem-estar e a qualidade de vida.
Conversamos com o gastroenterologista, Alessandrino Terceiro, para saber os principais problemas digestivos que acometem os brasileiros. Saiba ainda como tratar e se prevenir.
Refluxo
A mais prevalente doença do esôfago é a doença do refluxo gastroesofágico, que tem como um de seus principais fatores de risco a obesidade, frequentemente associada a erros ou maus hábitos alimentares. Entre os sintomas está a queimação e/ou regurgitações, azia, dor no peito, tosse seca e rouquidão. “Essa é uma doença que afeta praticamente 20% da população e que leva várias pessoas aos consultórios”, explica Alessandrino.
Gastrite
É uma inflamação da mucosa do estômago. Ela pode durar por pouco tempo, na chamada gastrite aguda, ou pode durar meses e até mesmo anos (gastrite crônica). “A geralmente está associada a presença de uma bactéria, conhecida como H. pylori, ou a uso de antiinflamatório e a uma alimentação inadequada, rica em cafeína, frituras, alimentos condimentados, refrigerantes, que podem causar agressões contra o estômago”, afirma o médico.
Intolerância à lactose
É a incapacidade do organismo de digerir a lactose , devida à ausência ou quantidade insuficiente da lactase. Quando a lactase está ausente (alactasia) ou deficiente (hipolactasia), a lactose não é absorvida no intestino delgado e passa para o intestino grosso, onde, por ação bacteriana, será fermentada. Essa fermentação produz gases que podem ocasionar sintomas digestivos, como distensão abdominal, cólicas, flatulência e diarreia. É um problema bastante comum na população adulta.
Previna-se do estresse!
Muito estresse ou ansiedade podem fazer com que seu sistema digestivo trave, pois sua regularidade depende, em parte, de fatores emocionais. “O estresse em si é um fator coadjuvante das doenças gastroenterológicas. Ele pode ativar neurotransmissores, que liberam secreções ácidas para o estômago”, afirma Alessandrino.
Tenha bons hábitos:
– Coma fibras sem excessos;
– Consuma pelo menos duas frutas ao dia, preferencialmente com casca;
– Inicie as refeic?o?es com verduras e legumes, preferencialmente crus;
– Beba em média 2 litros de água por dia;
– Evite álcool, cigarro, além de alimentos gordurosos e processados;
– Pratique atividade física;
– Faça check-ups periodicamente com seu médico.
O que o cocô pode dizer sobre sua saúde?
Identifique os tipos de fezes
O cocô pode dizer como está o funcionamento geral do intestino. Por isso, aprenda os tipos de fezes e o que fazer em cada caso.
De acordo com o gastroenterologista, Alessandrino Terceiro, as fezes podem dar pistas se o intestino está funcionando bem ou mal. “Há um grande número de fatores que podem contribuir para alterações das fezes, como ansiedade, estresse, depressão, disfunção tireoidiana, má alimentação, intolerância alimentar e uso de medicamentos”, destaca Alessandrino.
Para detectar se você possui algum problema, uma simples observação sobre o formato, a cor e espessura das fezes dizem muito sobre a saúde do seu intestino. O ideal é evacuar a cada 24 horas, dependendo do volume de alimentos consumidos. Mas também é normal evacuar de 2 a 3 vezes ao dia. Veja o que fazer de acordo com cada tipo de fezes.
Tipo 1 – Fezes com caroços duros, separados, em forma de bolinhas. Indica indivíduos que são constipados severamente. Possuem intestino preso, em mal funcionamento. Nestes casos, aumente o consumo de água, pratique atividade física e consuma mais fibras;
Tipo 2 – Fezes em forma de linguiça, porém grumoso, segmentado. São indicativos de pacientes com constipação intestinal leve. Também aumente o consumo de água, pratique atividade física e consuma mais fibras;
Tipo 3 – Fezes em forma de linguiça, com fissuras ou ranhuras em sua superfície. Saúde do intestino está em dia;
Tipo 4 – Fezes em forma de linguiça ou cobra, finas, lisas e suaves. Saúde do intestino está em dia;
Tipo 5 – Fezes fragmentadas, em pedaços com contornos bem definidos. São pacientes com tendência a diarréia;
Tipo 6 – Fezes em pedaços mais aerados, esfarrapados, sem consistência. São pacientes que também estão com quadro diarréico e devem ser investigados;
Tipo 7 – Fezes completamente líquidas. Denota urgência de atenção.
Fonte: Gastroenterologista, Alessandrino Terceiro, e Federação Brasileira de Gastroenterologia.
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