Cuiabá-MT
CUIABÁ: Manifestantes fazem ato a favor de Moro e Bolsonaro; veja fotos
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Cuiabá/MT – Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PSL) realizaram, na tarde deste domingo (30), uma manifestação em defesa da Reforma da Previdência, da operação Lava Jato e ao pacote anticrime apresentado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.
Durante o ato, os manifestantes criticaram os senadores Wellington Fagundes (PL) e Jaime Campos (DEM), que votaram contra o projeto de Bolsonaro que facilita a compra e o porte de armas.
Eles também criticaram o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF) que recomendou que o ex-presidente Lula, preso em Curitiba pela operação Lava Jato, seja solto imediatamente.
O grupo se concentrou no monumento Ulisses Guimarães, na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA), as 15h. Eles usavam roupas com as cores da bandeira do Brasil e carregavam faixas com frases de apoio ao Governo. A Polícia Militar afirmou que não poderia dar uma estimativa da quantidade de pessoas presentes.
Ao contrário de outros atos, os manifestantes não saíram em carreata pelas ruas da cidade.
“Os cuiabanos já estavam acostumados com as carreatas, só que muitas pessoas reclamavam que não tinham carro. Pensamos em fazer uma passeata, só que há muitos idosos, crianças que não conseguem andar. Por isso, desta vez, decidimos fazer a concentração aqui”, disse Rafael Yonekubo, um dos organizadores do evento.
A manifestação foi organizada pelo grupos Direita MT, Movimento Ordem e Progresso ( MOP), Gigantes Brasileiros, Direita Cuiabá e Associação da Família Militar (Famil).
Alair Ribeiro/MidiaNews
Yonekubo disse que os senadores Wellington e Jaime e o ministro Gilmar Mendes “são os verdadeiros traidores de Mato Grosso. Eles defendem pautas que vão contra ao desejo da população”.
O presidente do PSL em Cuiabá, Wilson Kero Kero, compareceu ao ato e saiu em defesa da Lava Jato e do ministro Sérgio Moro na polêmica envolvendo o vazamento de conversas entre o ex-juiz federal e o procurador da República, Deltan Dallagnol.
“Mais uma manifestação pacífica, legitima, voluntária do povo brasileiro, e não seria diferente em Cuiabá. O vazamento ocorreu de forma ilegal, criminosa, não se sabe a origem e a veracidade dos prints e o povo, mais uma vez percebendo a gravidade dos fatos, vem às ruas para não deixar a credibilidade dessa operação cair”, disse.
Kero Kero ainda falou sobre a pesquisa do Ibope que apontou queda na popularidade de Bolsonaro, afirmando se tratar de um resultado “natural”.
“Se formos analisar historicamente, estamos no mesmo patamar do Fernando Henrique Cardoso, Dilma Rousseff, Lula. É normal quando se assume um governo. Já começam os embates. A Reforma da Previdência, quer queira quer não, ninguém fez e o Bolsonaro está fazendo. E a reforma é mais do que necessária para o País. Se não fizer, nós não sabemos o que vai acontecer no País e isso gera um desgate. É natural o povo começar a pensar se vai ser prejudicado ou não. É certo que não. Os privilégios estão sendo combatidos e a reforma é necessária”, disse.
Alair Ribeiro/MidiaNews
Faixa contra os senadores Welligton Fagundes e Jaime Campos e o ministro Gilmar Mendes
Também presente na manifestação, o deputado estadual Sílvio Fávero (PSL) criticou a esquerda que, conforme ele, tenta denegrir o nome de Bolsonaro.
“Quando vê esse monte de verde, amarelo, branco, tudo misturado, é sinal que o Brasil tem jeito ainda. A gente acredita num Brasil sem corrupção. Num Brasil que tem um ministro da justiça íntegro, e tentam denegrir sua imagem. Nós temos um presidente da República que, em apenas seis meses, está fazendo uma reforma nesse Brasil que jamais foi vista, e querem culpar que tudo que está errado é culpa dele. Quem estava no poder vinte anos atrás não era nosso presidente Jair Bolsonaro, e sim a esquerda. Então, mais em breve, o Brasil vai mostrar o que é a direita e o que é o patriotismo e o bem da família e da anticorrupção”, disse o deputado.
No Brasil
Atos semelhantes foram realizados em dezenas de cidades brasileiras.
Em São Paulo, manifestantes se reuniram para ato com cinco carros de som na Avenida Paulista.
No Rio de Janeiro, os manifestantes chegaram a ocupar quatro quarteirões da orla de Copacabana e cantaram o hino nacional.
Em Brasília, manifestantes levaram para a frente do Congresso Nacional bonecos infláveis gigantes representando, por exemplo, Moro, o ex-presidente Lula e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes.