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Cuiabá é a 10ª capital em casos de hepatite C


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Do total de 6.841 casos de hepatite C detectados no centro-oeste entre 1999 e 2017, Mato Grosso foi responsável por 1.424 (20,9%) registros da doença. Já entre 2000 e 2016, este tipo de hepatite resultou na morte de 175 pessoas no Estado. Só no ano retrasado foram 11 óbitos causados por este tipo da doença, o que representa uma incidência de 0,3 por 100 mil indivíduos.

Entre as capitais, Cuiabá ocupou a 10ª colocação no ranking com as maiores taxas de incidência de hepatite C e superiores à média nacional que é de 11,9 casos por 100 mil habitantes, em 2017. Na capital mato-grossense, a prevalência da doença foi de 13,0 casos por 100 mil pessoas. Já nos últimos 18 anos (1999-2017), ocorreram 599 notificações da hepatite C, em Cuiabá. Só no ano passado, foram 76.

A frente de Cuiabá, estão Porto Alegre (90,7 casos por 100 mil habitantes), seguida de São Paulo (36,1), Florianópolis (33,7), Rio Branco (27,8), Curitiba (23,6), Vitória (21,4), Porto Velho (16,0), Boa Vista (15,6) e Belo Horizonte (15,3), além de Manaus (12,0) que também está acima da média do país. Do centro-oeste, o maior número de confirmações da doença ocorreu em Goiás, com 2.727 (40%), seguido do Distrito Federal com 1.473 (21,6%).

Em 16 anos (entre 2000 e 2016), ocorreram 654 óbitos entre todos os tipos de hepatites, no Estado. Do total, 41 mortes causadas pelo tipo A, 301 óbitos pelo tipo B, 299 da hepatite C e 13 mortes da hepatite D (associada e básica).

Dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde (MS), que na última quinta-feira, lançou o um plano pactuado com os estados e municípios visando a eliminação da hepatite C no país até 2030. A idéia é simplificar o diagnóstico, ampliar a testagem e fortalecer o atendimento às hepatites virais. Conforme o MS, atualmente, a hepatite C tem o maior número de notificações e é a maior causa de morte dentre todas as hepatites. O plano de eliminação está alinhado com as metas da Organização Mundial de Saúde (OMS).

No país, em 2017, a taxa de incidência foi de 11,9 casos por cada 100 mil habitantes. São mais de um milhão de pessoas que tiveram contato com o vírus do tipo C, o que representa 0,71% da população brasileira. Assim, o plano irá definir as populações prioritárias para tratamento, além de avaliar a incorporação de novas tecnologias.

Por meio da assessoria de imprensa, a diretora do Departamento de IST, HIV/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Adele Benzaken, explicou que o maior desafio do plano é realizar a busca das pessoas que, ainda que diagnosticadas não estão em tratamento e daquelas que ainda não foram diagnosticadas. “A hepatite C é uma doença silenciosa. Muitas pessoas estão com o vírus da hepatite C e não apresentam nenhum sintoma, então diagnosticar e tratar essas pessoas da forma mais rápida possível é essencial para a qualidade de vida dessas pessoas e também para a saúde pública”, frisou.

O tratamento, atualmente disponível no SUS, possibilita em mais de 90% de chance de cura e é oferecido a todos os pacientes com hepatite, independente do grau de lesão do fígado. Desde 2015, 76,5 mil pacientes foram tratados. Para atender as metas do novo plano, o Ministério da Saúde está em processo de aquisição de 50 mil novos tratamentos.

OUTROS TIPOS – No geral, o Brasil registrou 40,1 mil casos novos de hepatites virais, em 2017. Quanto a do tipo A, em Mato Grosso, entre 1999 e 2017, foram confirmados 3.908 (21,1%) casos de hepatite A, o que corresponde a 21,1% do total registrado no centro-oeste (18.561), onde Goiás registrou o maior número (5.539 ou 29,8%), seguido do Distrito Federal (5.287). A hepatite A é comumente transmitida por água e alimentos contaminados, além da transmissão sexual. A vacina para este tipo está disponível no SUS.

Em relação à hepatite B, do total de 19.989 casos no centro-oeste, o Estado foi responsável pela maioria com 7.674 (38,4%) registros deste tipo da doença, seguido de Goiás com 6.841 (34,2%) confirmações, no mesmo período. A hepatite B é a segunda maior causa de óbitos entre as hepatites virais.

No ranking da taxa de detecção de hepatite B segundo as capitais verifica-se que 14 capitais, em 2017, mostraram taxa de detecção superior à do país (que é de 6,5 casos por 100 mil habitantes). Este é o caso de Cuiabá, com 11,6 casos por 100 mil. Rio Branco apresentou a maior taxa (29,4 casos por 100 mil habitantes), seguida de Porto Velho (25,6 casos por 100 mil habitantes). Já oito unidades federativas apresentaram taxas de incidência de hepatite B superiores às observadas em suas capitais, entre eles, Mato Grosso (15,1%/100 mil), além do Acre, Rondônia, Paraná, Santa Catarina, Amapá, Goiás e Pará.

Os registros da hepatite D, no centro-oeste foram 129 casos. Destes, 54 (41,9%) em território mato-grossense.

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