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Cuiabá apresenta tendência de melhora da pandemia com redução de mortes, casos e outros indicadores


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O 26º Informe Epidemiológico de 2021 com análise de dados entre 26 setembro a 09 de outubro sobre a Covid-19, elaborado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) com auxílio de pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), apresenta uma tendência de melhora do cenário pandêmico no Brasil e na capital mato-grossense.
Os pesquisadores observaram que nas duas últimas semanas houve o declínio do número de casos, internações e óbitos por Covid-19, bem como redução das taxas de ocupação dos leitos de enfermaria e de UTI infantil.

A taxa de reprodução do vírus (Rt) na população cuiabana atingiu 0,73, ou seja, o menor valor desde o início da circulação do vírus.

Apesar disso, as frequentes oscilações de casos, óbitos e da taxa de reprodução do vírus ainda requerem precaução. Por outro lado, os pesquisadores frisam que a tendência de estabilidade de casos e internações é uma oportunidade para reorganizar o sistema de saúde.

Neste sentido, o reforço de medidas de prevenção, a testagem da população e o rastreamento de contatos,assim como o atendimento das demandas represadas e atenção a casos graves, são ações recomendadas.

Além disso, outros casos, retidos em “fila de espera” precisam ser objeto de atenção dentro desse processo de reorganização do sistema de saúde. Somado à essas questões, é preciso que se organize também o atendimento às outras demandas relacionadas à Covid de longa duração e às suas múltiplas manifestações incapacitantes.

Desde a Semana Epidemiológica 35 (29 de agosto a 04 de setembro de 2020) os pesquisadores observaram uma queda significativa do índice de transmissão do vírus (Rt) atingindo o menor valor histórico de 0,73 nas SE 37 e SE 38 (12 a 25 de setembro).

No último mês foi ampliado os locais de vacinação na capital, fato que poderá contribuir com o aumento da cobertura vacinal. Contudo, para melhores resultados, vale destacar que também é necessária maior adesão da população, especialmente na busca pela segunda dose, e disponibilidade de imunobiológicos por parte do Ministério da Saúde.

O Informe Epidemiológico afirma também que a vacinação tem propiciado a grande diferença que se observa no quadro pandêmico e o aumento progressivo da cobertura vacinal entre adultos jovens será decisivo para uma queda sustentada dos casos.

“As vacinas disponíveis apresentam limites em relação ao bloqueio da transmissão do vírus, que continua circulando com intensidade. As vacinas são especialmente efetivas na prevenção de casos graves, contudo, assim como o Brasil, outros países têm experimentado o adoecimento de pessoas com o esquema vacinal completo, embora o que se observa é que os casos são, no geral, mais leves. Estamos em um cenário, no entanto, em que grande parte da população que já recebeu uma dose da vacina ainda não está imunizada pelo esquema vacinal completo, e uma outra grande parte ainda está por ser vacinada”, diz trecho do documento.

Mesmo dia da melhoria dos indicadores, os pesquisadores acrescentam que algumas medidas de biossegurança ainda devem ser tomadas como uso de máscara e distanciamento físico. A imunização também deve ser acelerada para que os adultos completem o esquema vacinal. Neste contexto, o passaporte vacinal pode ser uma política de proteção coletiva e estímulo à vacinação.

Por fim, segundo a Fiocruz, há fortes motivos para se acreditar no fim da pandemia até os primeiros meses de 2022. Contudo, o fim da pandemia não representará o fim da “convivência” com a Covid-19, que deverá se manter como doença endêmica e passível de surtos mais localizados.

Portanto, medidas como o uso de máscaras, distanciamento físico e higiene constante das mãos continuarão sendo importantes, ainda por algum tempo, em ambientes fechados ou naqueles abertos com aglomeração.

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