Religião
Criança autista sobrevive após 12 dias arrastada pelas águas de um rio: “Obra de Deus”
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Uma frase dita por Marina Murray, mãe da menina Jenysa Alleyne, encontrada 12 horas após ter sido arrastada pelas águas furiosas do rio Carapal, resume seu entendimento sobre o caso:
“Foi um milagre inexplicável e inacreditável que só pode ser obra de Deus”.
A recuperação da menina, achada segura na manhã de sábado, causou uma celebração nacional entre “guerreiros de oração” e pessoas que foram às redes sociais para orar por um resultado positivo para a criança de cinco anos, diagnosticada com autismo.
Sua condição de autista impediu Jenysa de gritar por socorro ou alertar as pessoas sobre seu paradeiro no ambiente desolado, habitado por animais silvestres, cobras e jacarés.
“Faz três anos que minha filha não fala, três anos desde que minha mãe faleceu e minha filha foi diagnosticada com autismo e meu filho não conseguia nem gritar ‘mamãe’. É só Deus e a equipe de busca, eles foram fortes para mim.”
Orações e louvores a Deus
Murray conta que de olhos fechados e mesmo com um aperto no estômago louvava a Deus enquanto a equipe de Busca e Resgate dos Caçadores procurava por sua filha. Sob a liderança do capitão Vallence Rambharat, eles conseguiram encontrar Jenysa viva na água, agarrada a alguns galhos, a cerca de quatro quilômetros da casa de seu pai, em Erin.
“Para todo o TT… orei por meu filho, mães que ficaram acordadas como eu, seguraram suas barrigas e se ajoelharam para orar pelo retorno seguro de meu filho.”
“É inacreditável. É um milagre. Ela estava em perfeitas condições, exceto por algumas marcas vermelhas no rosto e arranhões nos braços”, disse capitão Rambharat. “Ela parecia estar vestida para sair, a única exceção era que ela estava molhada”.
“Este foi um evento que abalou a nação. Algo que deu esperança a esta nação”, declarou.
Medo e fé
De pé no Daisy Voisin Hub, Siparia, em frente ao centro de saúde distrital onde sua filha descansa depois de ser tratada, Murray lembrou que sua fé vacilou momentaneamente depois de saber do desaparecimento de Jenysa.
“Eu decidi que iria pegar o corpo da minha filha. Fui ao mar e disse ao mar para liberar o corpo da minha criança para que eu pudesse enterrar minha filha”.
Ela conta que também orou junto com milhares de pessoas, conhecidas e desconhecidas para que sua filha fosse forte: “[Orei] para ela aguentar. Orei para que minha filha fosse corajosa e forte.”
Ela conta que o homem (Rambharath) disse que traria sua filha de volta. “Nada de errado com você, criança. Nós a encontraremos.”
“Eles fizeram questão de deixar a história da minha filha ser diferente e a trouxeram de volta”, diz Murray.
Gratidão
“Sou grata à equipe de resgate. Eles nunca desistiram. Na chuva torrencial eles ficaram lá fora procurando pela minha filha. Eles disseram que não iriam embora até trazerem ela de volta. Eles até me dizem para não pensar que minha filha ia morrer, porque eles trazem minha filha viva para mim.”
“Se você olhar aquele vídeo em que minha filha estava de pé na água, até aqui”, disse ela, apontando para o pescoço. “Não sei como ela sobreviveu.”
Como o acidente aconteceu
Murray explicou que na terça-feira, Jenysa, que mora com ela em Maloney, veio a Erin para visitar seu pai, Jason Alleyne, de quem ela está separada.
Ela deveria voltar na quinta-feira, mas a família do pai pediu para que ela ficasse mais, para que outros membros a conhecessem.
Murray contou que por volta das 17h de sexta-feira, Jenysa estava deitada no chão brincando enquanto o pai tomava banho e, em uma fração de segundo, ela desapareceu.
Uma tia explicou que Jenysa havia sido levada à praia no início da semana e que adorava a água.
Murray ficou desesperada ao saber do acidente. “As pessoas que têm filhos com necessidades especiais sabem como o cérebro funciona. Eles estalam e simplesmente se movem.”
“Não, minha filha veio de Maloney para passar um tempo com o pai e a avó, e então isso aconteceu. Poderia ter sido o filho de qualquer um, mas Deus apareceu para ajudar.”
Orando pelas crianças
Murray também convocou a nação a se unir e orar por crianças inocentes e pelo fim do crime.
“As orações movem montanhas e podemos fazer muito quando nos unimos como nação. Temos que continuar protegendo nossos filhos. Este é um momento em que não podemos nos dar ao luxo de perder mais. Obrigada, Senhor.”
Ela também orou pela Equipe de Busca e Resgate dos Caçadores, para que Deus os mantenha fortes e para que o Governo faça algo para ajudar no trabalho que eles estão fazendo voluntariamente.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA NEWSDAY