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Direto de Brasília

CRE aprova indicados para Embaixadas do Brasil na Bolívia e na Finlândia


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A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) aprovou nesta terça-feira (26) a indicação dos diplomatas Octávio Henrique Dias Garcias Côrtes para o cargo de embaixador do Brasil na Bolívia e João Luiz de Barros Pinto para chefiar a embaixada brasileira na Finlândia.

Durante a sabatina, Côrtes disse que a Bolívia vive um tempo de estabilidade. Ele observou que o país andino foi o que mais sofreu com golpes de estado na América Latina no século 20, e que esse cenário de instabilidade crônica acabou contribuindo para seu baixo índice de desenvolvimento sócio-econômico e sua grande desigualdade na distribuição de renda. Um quadro que o atual governo, no entender do diplomata, tem procurado superar.

— Desde que Evo Morales assumiu a Presidência da República em 2006, tem havido um grau de estabilidade que permitiu ao país quintuplicar seu produto interno bruto.

O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) reconheceu que a gestão de Evo Morales tem possibilitado uma melhoria das condições de vida da população boliviana, mas manifestou uma visão crítica quanto ao seu perpetuamento no poder. Isso porque Morales já anunciou que tentará mais uma reeleição em 2019, para um mandato previsto para durar até 2025.

Energia

Durante a sabatina de João Luiz Barros Pinto, o relator da indicação, senador Hélio José (Pros-DF), pediu que o diplomata atue para ampliar o intercâmbio no setor de energia entre Brasil e Finlândia. O senador disse ser possível obter avanços nas áreas de energia eólica e biomassa.

— A Finlândia tem uma plataforma continental muito favorável à exploração de energia eólica. Como o Brasil tem uma expertise muito boa nesta área, é uma oportunidade de abertura de comércio para as nossas empresas. A Finlândia também tem muita biomassa, resíduos que sobram por exemplo do aproveitamento da madeira. Neste caso eles também podem se beneficiar da nossa tecnologia ligada ao setor canavieiro, por exemplo.

Barros Pinto admitiu que as trocas comerciais entre as duas nações ainda são modestas, da ordem de US$ 813 milhões (segundo dados de 2017), dos quais US$ 290 milhões foram exportações brasileiras e US$ 523 milhões, importações da Finlândia. Por isso ele anunciou que pretende buscar nichos de investimento para empresas brasileiras no mercado da nação nórdica.

A análise das duas indicações segue agora ao plenário do Senado.

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