Medicina
COVID longa: o que é e quais cuidados ter?
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A chamada COVID longa, conforme definição do Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, é uma condição caracterizada pelo alívio e retorno dos sintomas típicos da COVID-19 ao longo de quatro ou mais semanas.
Entre os sintomas típicos da COVID longa, destacam-se:
- Dificuldade em respirar ou falta de ar
- Fadiga
- Mal-estar pós-esforço (como atividade física)
- Dificuldade em pensar ou se concentrar (chamado de “nevoeiro cerebral”)
- Tosse
- Dor no peito ou estômago
- Dor de cabeça
- Coração acelerado ou acelerado
- Dores articulares ou musculares
- Formigamento
- Diarreia
- Distúrbios do sono (insônia, por exemplo)
- Febre
- Tonturas
- Irritação na pele
- Mudança de humor
- Mudança no cheiro ou sabor
- Menstruação irregular
“Geralmente, os sintomas acometem pacientes que tiveram a doença de forma moderada a grave, mas não isentam aqueles que tiveram quadros mais leves”, afirma Andrea Almeida, infectologista do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE).
Qual é a diferença entre a COVID-19 e a COVID longa?
De acordo com Andrea, a COVID- 19 e a COVID longa se diferenciam pelo tempo que se manifestam no corpo do paciente.
“A COVID-19 é uma doença multissistêmica aguda. Já a COVID longa tem a permanência de um ou mais sintomas da fase aguda por meses, levando a piora da qualidade de vida.”
A COVID longa é uma sequela da COVID-19?
Isso não significa que a COVID longa se trata de uma sequela da COVID-19. Isto é: uma complicação que permanecerá para sempre no organismo do paciente.
“É preciso tempo, observação clínica e pesquisa para podermos definir se essas condições clínicas são complicações crônicas, condições relacionadas às genéticas ou próprias dos doentes, ou mesmo gatilhos e reativações de doenças pré-existentes”, pontua a infectologista.
O tratamento da COVID longa é igual ao da COVID-19?
O atual mecanismo usado para o tratamento para a COVID longa varia de acordo com os sintomas relatados pelos pacientes, uma vez que o objetivo é aliviar o desconforto para que a pessoa consiga retornar às suas atividades.
Contudo, ainda não há formas de prevenção da COVID longa ou definir categoricamente quem vai ou não desenvolver o quadro.
O fundamental, nesse caso, é prevenir a COVID-19 com os cuidados básicos, como o uso de máscara, distanciamento social e a vacina da COVID.
É possível morrer por COVID longa?
As complicações cardiovasculares e neurológicas são as mais graves em casos de COVID longa, segundo Andrea. “Podem, inclusive, evoluir de forma grave, sendo até mesmo fatais.”
“Existem trabalhos mostrando os riscos e o aumento de óbitos nos primeiros seis meses após o paciente contrair a COVID-19, principalmente por infarto, AVC e doenças tromboembólicas”, informa a médica.
Ela ainda destaca que os pacientes que adoecem por COVID-19 de forma moderada e grave são, em sua maioria, idosos e com comorbidades.
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