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Corte no Minha Casa Minha Vida pode paralisar obras de 10 mil residências em MT


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Com o contingenciamento de recursos do programa Minha Casa Minha Vida anunciado pelo Governo Federal, as obras de cerca de 10 mil residências em Mato Grosso correm o risco de ser paralisadas. A previsão é do presidente do Sindicato das Indústrias da Construção do Estado de Mato Grosso (Sinduscon/MT), Julio Flávio Campos de Miranda.

Em reunião entre empresários e parlamentares da bancada federal de Mato Grosso para debater os impactos do corte no Estado, realizada na manhã desta terça-feira (14) na sede da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Miranda destacou que, para Mato Grosso, a previsão de recursos destinados à contratação pelo programa era de R$ 1 bilhão. Desse total, R$ 100 milhões seriam equivalentes a subsídios dados aos clientes para facilitar o financiamento, monte que caiu para cerca de R$ 70 milhões.

“O Minha Casa Minha Vida é um dos melhores programas para gerar emprego e movimentar a economia. O programa corresponde a 70% do mercado imobiliário brasileiro e a cerca de 50% da construção civil, que é uma das grandes geradoras e de emprego e renda, mas as empresas não conseguem trabalhar sem uma previsibilidade de recursos, no mínimo, anual”, ressaltou o presidente.

Dos R$ 4,1 bilhões previstos no orçamento de 2019 para o financiamento de moradias em todo o país, 39% foram bloqueados por decisão do Ministério da Economia como medida para equilibrar as contas públicas. Os recursos são referentes à chamada “faixa 1” do programa, que corresponde às famílias com renda de até R$ 1,8 mil.

Segundo dados apresentados no encontro, em Mato Grosso, desde 2009, foram contratados R$ 9 bilhões pelo Minha Casa Minha Vida, beneficiando aproximadamente 90 mil famílias. O déficit habitacional no Estado, contudo, ainda é de 100 mil residências.

“É fundamental que compreendamos que o Minha Casa Minha Vida é uma política habitacional muito importante, assim como é uma importante política de estímulo à economia. A construção civil é muito intensiva na mão de obra, tem grande capacidade de gerar postos de trabalhos e movimenta muito a economia local. E o programa tem alta sustentabilidade, porque as fontes de financiamento são claras e a inadimplência é baixa”, ponderou o presidente do Sistema Fiemt, Gustavo de Oliveira.

Vice-líder do Governo Jair Bolsonaro (PSL) na Câmara Federal, o deputado federal José Medeiros (Pode) disse que irá propor uma audiência pública mista, entre Câmara dos Deputados e Senado Federal, para explicitar os problemas que o contingenciamento provocará na economia do país.

Já o líder da bancada de Mato Grosso, deputado federal Neri Geller (PP), se comprometeu em reunir os demais parlamentares do estado e levar a questão para o Governo Federal. “Se tem o orçamento inicial e houve um corte linear de 30%, então que a gente libere esses recursos para que os empresários façam os investimentos e mantenham a saúde financeira das empresas”.

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