Saúde
Corrimento marrom, o que pode ser?
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O corrimento marrom pode ser causado por diversos motivos. O tempo em que o sangue menstrual fica retido no interior da vagina pode causar alterações na sua composição, fazendo o sangue ficar escuro e ao ser misturado com as secreções vaginais e do colo do útero levam a formação de um corrimento de cor marrom.
Outra situação que causa corrimento marrom muito frequentemente são as infecções vaginais de causa bacteriana (corrimento geralmente amarelado, mas pode ser marrom-claro na vaginose bacteriana). Vulvovaginite podem ser também a causa de corrimento marrom, principalmente nos períodos que antecedem e são posteriores a menstruação.
O que causa corrimento marrom escuro?
Quando o corrimento vaginal é marrom escuro, geralmente adquire esta cor por ter sangue em sua composição. Isto pode indicar feridas sangrantes no colo do útero, nas paredes vaginais, nas tubas uterinas ou ser proveniente da própria parede uterina (alteração menstrual).
Normalmente, o corrimento vaginal adquire a cor marrom devido à presença de sangue coagulado na sua composição. Esses restos de sangue podem ter como causas resquícios do período menstrual, traumatismos, infecções, presença de corpo estranho, câncer, atrofia vaginal, gravidez ectópica (gravidez fora do útero), entre outras.
O que causa corrimento marrom como borra de café?
A menstruação em borra de café, verificada no final do período, também pode ter coloração marrom. Trata-se da mudança de cor do sangue, que oxida devido ao tempo que fica retido no útero até ser expelido, o que altera a sua cor.
O corrimento marrom deixa de ser considerado “normal”, ou seja, fisiológico, se persistir por vários dias ou vier acompanhado de mau cheiro.
Corrimento marrom nas infecções, alergias e outras doenças
Nos casos de infecção bacteriana vaginal, normalmente outros sinais e sintomas acompanham o corrimento marrom, como: ardência, cheiro forte e desagradável, inchaço, prurido (coceira) ou vermelhidão.
O corrimento vaginal marrom também pode ser decorrente de doença inflamatória pélvica (DIP), muito mais grave, que pode necessitar de internação hospitalar para tratamento. Outras doenças como câncer do colo do útero, câncer de endométrio, pólipos ou miomas uterinos, endometrite também podem causar corrimento marrom.
Alergias e irritação
Grande parte dos corrimentos crônicos são causados por preservativos. O látex das camisinhas pode provocar alergia em algumas mulheres, o que vai desregular o pH vaginal e criar um ambiente propício à proliferação de bactérias que causam a vaginose bacteriana.
Produtos de higiene íntima (duchas vaginais) também são agentes que provocam irritação. Duchas podem levar à destruição das bactérias benéficas (flora vaginal normal — bacilos de Doderlein) que impedem a proliferação de bactérias causadoras de doenças como as da vaginose.
O uso de sabonetes, lubrificantes e cremes vaginais sem indicação do médico é outro fator que pode explicar corrimentos recorrentes.
Corrimento marrom após relações sexuais
O corrimento marrom escuro geralmente indica sangramento em algum local do aparelho reprodutor. O sangramento pode ser oriundo da própria parede vaginal ou do colo do útero, como consequência de relações sexuais intensas ou repetidas.
Corrimento marrom na gravidez
Nas primeiras 12 semanas de gestação, algumas mulheres podem apresentar secreção vaginal marrom. Esse pequeno sangramento pode se originar da implantação do embrião na parede uterina (nidação). Neste caso o sangramento é semelhante à menstruação, mas em pequena quantidade, de coloração mais clara e dura poucos dias.
A vagina e o colo do útero também ficam mais sensíveis durante a gravidez, podendo sangrar mais facilmente durante relações sexuais ou exames ginecológicos. Além disso, aumenta a chance de infecções nesse período.
Sempre que ocorrerem corrimentos ou sangramentos durante a gestação, ainda que geralmente comuns, um ginecologista deve ser consultado imediatamente.
O corrimento também pode significar algo mais grave, como:
- Perda sanguínea decorrente de gravidez ectópica com rotura de tuba uterina (acompanhada de fortes dores abdominais em cólica)
- Aborto (ou ameaça de aborto)
- Placenta prévia
- Descolamento prematuro de placenta
- Rotura de vasa prévia
Para maiores esclarecimentos, consulte um ginecologista ou médico de família para receber diagnóstico e tratamento adequados.
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