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Rondônia

Corpo de Bombeiros divulga lista de cuidados para evitar afogamento em balneários


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Acidentes fatais, acontecidos de maneira seguida envolvendo afogamento de crianças e adolescentes em Rondônia chamam a atenção para os riscos dessas ocorrências no chamado inverno amazônico, ou seja, quando rios e balneários aumentam o nível de suas cotas, época que coincide, também, com férias escolares e motiva famílias a explorar aventuras em balneários e áreas rurais.

Em Rondônia, entre os meses de novembro de 2018 e janeiro deste ano foram noticiados quatro fatalidades, três com crianças e um adolescente, em cenários diferentes, como piscinas, rios e represas, mas todos com um detalhe em comum: os acidentes aconteceram no momento que as vítimas ficaram sozinhas, ainda que por alguns minutos. Minutos que podem ser decisivos, de acordo com Jeferson Marques, diretor de Comunicação Social do Corpo de Bombeiros, por isso o alerta para quem pretende se aventurar nas águas que cortam o estado de Rondônia é: “sempre tem que ter um adulto por perto das crianças, elas não podem ficar sozinhas de maneira nenhuma, pois num momento de distração elas podem tentar se aventurar num trecho mais fundo das águas”, alerta o oficial.

Ele explicou que os trechos mais fundos, principalmente em rios e igarapés, em alguns casos decorrem do próprio movimento da correnteza, por isso é difícil de prever a localização exata. “Há buracos em determinado local, originados por baixo, e mais a frente não há, por isso não é bom confiar”, adverte.

Outro cuidado é utilizar colete fechado e evitar o uso de boias e pranchinhas, pois transmitem falsa sensação de segurança. “O colete é ideal até pra os adultos”, alerta. “Já registramos acidentes em que a vítima sabia nadar, mas bateu a cabeça ficou inconsciente e foi para o fundo do rio”. Infelizmente no caso narrado pelo oficial, a vítima também morreu por afogamento, por isso ele reforça que é tão importante essa medida preventiva.

De acordo com Jeferson Marques, vários cuidados podem ser adotados para evitar afogamentos, e com reforço da informação: nunca são demais. Mas caso o afogamento aconteça a principal recomendação é evitar pânico. “O desespero não deixa a pessoa raciocinar direito, além de perder energias se debatendo”, explica. A segunda medida seria boiar, que segundo o oficial, é mais importante que nadar. “Porque geralmente a própria correnteza conduz a pessoa para a margem, mas caso saiba nadar o ideal é que nade na diagonal (sentido da corrente) em direção à margem e nunca contra a corrente”, orienta.

Já a orientação para quem tentar fazer o salvamento é jogar algum objeto que vá ajudar a vítima, como uma boia, corda ou um galho e evitar o salvamento pessoalmente, o que os bombeiros chamam de “mano a mano”. “Até mesmo se puder usar uma embarcação para chegar até a vítima pode ser eficaz. O mano a mano é perigoso, principalmente porque a pessoa que está se afogando pode estar em pânico e vai tentar usar a pessoa que está tentando salvá-la como boia ou escada”, ressalta.

Conheça mais dicas repassadas pelo Corpo de Bombeiros para evitar afogamento:

Jeferson Marques, diretor de Comunicação Social do Corpo de Bombeiros

Uso de álcool – De acordo ainda com o capitão Jeferson, sob efeito do álcool, as pessoas têm a falsa impressão de que podem se sobressair de qualquer situação, mas na verdade estão mais susceptíveis a acidentes, pois estão com a coordenação motora alterada. “O uso de álcool faz a pessoa perder a noção do perigo”, acentua.

Travessia de rios – Esse desafio é comum em pessoas que acreditam que conhecem o rio, mas em alguns casos desconhecem suas limitações. “Há vários riscos em potencial, entre eles está câimbras ou a pessoa se deparar e sofrer descarga elétrica de um peixe elétrico (poraquê), comum na região”.

Afaste-se da água em caso de temporal ou raio, para evitar descarga elétrica. “Se começar a chover, o ideal é sair da água”, recomenda.

Comer demais e entrar na água – É perigoso. A pessoa pode passar mal e desmaiar. Além disso, é preciso cuidado especial com choque térmico, ou seja, não entrar de maneira abrupta na água após longa exposição ao sol. Há risco de choque térmico e desmaio.

A última recomendação é em relação a saltos, principalmente se a pessoa não conhecer o local, tem lugares que transmitem a falsa impressão que são fundos, e um impacto decorrente do salto pode causar sequelas graves, como tetraplegia. Também há casos de perda de consciência, que podem levar a morte por afogamento. “Até mesmo se conhecer o local é preciso prudência, pois pode existir pedras ou ponta de pau depositados na área mais profunda das águas”.

Por todos os perigos demonstrados acerca do que aparentam ser simples banhos em balneários, a palavra chave evidenciada pelo oficial para afastar as ameaças de afogamento é: cautela. Atenção redobrada, pois os riscos de acidentes fatais são reais e infelizmente podem acontecer, independente do cenário.

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