Esporte
Corinthians registra déficit de R$ 170 milhões no ano e vê necessidade de vender jogadores
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Se dentro de campo o Corinthians não vai bem, enfrentando um jejum de seis jogos sem vitória, fora dele a situação também é complicada. O clube registra um déficit neste ano de R$ 170 milhões.
O Corinthians não divulga mais seus balancetes financeiros mensalmente, como fez em 2018, mas o GloboEsporte.com apurou que o resultado negativo foi apresentado na noite da última segunda-feira em reunião do Conselho de Orientação (CORI).
Boa parte do déficit vem dos gastos com o futebol. O departamento está no vermelho em R$ 127 milhões.
Já a dívida alvinegra saltou para R$ 691 milhões. O Corinthians estima que ela pode terminar o ano acima de R$ 700 milhões.
O presidente Andrés Sanchez não quis falar sobre o assunto. A reportagem também tentou contato com Matias Romano Ávila, diretor financeiro do Timão, que se limitou a dizer:
– Não posso comentar o que não foi publicado.
Internamente, o clima é de preocupação, embora a expectativa seja de terminar a temporada com um déficit menor. As principais justificativas apresentadas para as contas no vermelho são:
- Algumas das principais receitas, como as cotas de TV, são pagas no fim do ano;
- O clube fez investimentos no começo da temporada para contratar jogadores;
- O Timão não arrecadou nem metade dos R$ 50 milhões previstos no orçamento com vendas de atletas;
- As receitas de bilheteria seguem sendo destinadas ao pagamento do financiamento da Arena;
Neste cenário, a diretoria vê como necessária a venda de jogadores na próxima janela de transferências. A avaliação é de que o ideal seria fechar os negócios pelo menos até dezembro, para atenuar o resultado negativo deste exercício.
Na reunião da última segunda-feira, Andrés Sanchez afirmou que o clube recebeu propostas para negociar Mateus Vital e Gustagol, mas decidiu recusá-las por entender que elas não eram interessantes na época.
O orçamento do Corinthians para 2019 previa superávit de R$ 650 mil. O CORI discutiu a revisão do documento, mas isso não ocorreu por questões burocráticas, como a falta de pareceres do Conselho Fiscal.