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Coreia do Norte continua sendo o país que mais persegue cristãos


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Ser descoberto como um cristão é uma sentença de morte na Coreia do Norte. Se um cristão não for morto instantaneamente, será levado para um campo de trabalho forçado como um criminoso político. Essas prisões têm condições terríveis, e são poucos os que saem de lá vivos. Qualquer um da família receberá a mesma punição.

Fontes relatam que Kim Jong-un, líder do país, expandiu o sistema de segurança dos campos de prisão, onde estima-se que 50 a 70 mil cristãos estão presos atualmente.

“Peço às pessoas de todo o mundo que estão orando pela Coreia do Norte que orem para que o país venha ao evangelho. Os cidadãos norte-coreanos são como escravos. Com a luz do Senhor, eles seriam libertados.” diz um cristão secreto da Coreia do Norte.

Desde 2002, a Coreia do Norte é classificada como o país onde os cristãos enfrentam a perseguição mais extrema. Os cristãos norte-coreanos continuam a enfrentar perseguição extrema em todas as áreas da vida pública e privada.

Na Lista Mundial da Perseguição de 2021, a Coreia do Norte continua em primeiro lugar entre os países do mundo que mais perseguem os cristãos.

Embora as autoridades norte-coreanas afirmem que a COVID-19 teve pouco impacto no país, os norte-coreanos a chamam de “doença fantasma” porque as pessoas já estão tão desnutridas que morrem muito rapidamente de COVID-19. A pandemia levou a uma segurança mais rígida na fronteira com a China e ao controle do mercado negro, que muitos usam para sobreviver.

Quem persegue os cristãos na Coreia do Norte?

O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos na Coreia do Norte são: opressão comunista e pós-comunista e paranoia ditatorial.

Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores das hostilidades, violentas ou não violentas, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos na Coreia do Norte são: oficiais do governo, partidos políticos, parentes, cidadãos e quadrilhas.

Quem é mais vulnerável à perseguição na Coreia do Norte?

Qualquer cristão em qualquer lugar da Coreia do Norte é extremamente vulnerável à perseguição. O controle das autoridades no país vai além das fronteiras. Agentes secretos na China têm a tarefa de encontrar e sequestrar cristãos norte-coreanos que fugiram do país.

Como as mulheres são perseguidas na Coreia do Norte?

A Portas Abertas estima que até 30% dos cristãos presos em campos de trabalho forçado pela fé são mulheres. Violência sexual e estupro são comuns no interrogatório e na vida na prisão e, mesmo fora da prisão, o abuso sexual é normalizado.

Aproximadamente 80% dos norte-coreanos que desertaram para a China são mulheres – incluindo muitos cristãos. Ali, elas são particularmente vulneráveis ao tráfico humano ou forçadas a se casar com homens chineses.

Como os homens são perseguidos na Coreia do Norte?

Todos os norte-coreanos estão sob controle extremo do governo, mas principalmente os homens adultos. Seus empregos devem ser alocados pelo governo e não podem ser alterados. A qualquer pessoa que tenha qualquer ligação cristã na árvore genealógica será negada promoção, como empregos de prestígio ou serviço militar preferencial.

O que a Portas Abertas faz para ajudar os cristãos na Coreia do Norte?

Os colaboradores secretos da Portas Abertas estão mantendo vivos cerca de 90 mil cristãos norte-coreanos com alimento e ajuda básica através de suas redes na China. Eles também fornecem Bíblias, treinamento por meio de programas de rádio cristãos, abrigo e treinamento para refugiados norte-coreanos na China.

Como posso ajudar os cristãos norte-coreanos?

Além de orar por eles, você pode ajudar a manter projetos de apoio aos cristãos norte-coreanos por meio de doações. Clique no link abaixo para acessar a campanha em andamento.

QUERO AJUDAR

História da Igreja na Coreia do Norte

Em 1603, um diplomata coreano voltou de Pequim carregando vários livros de teologia escritos por um missionário jesuíta na China. Ele passou, então, a divulgar as informações presentes nos livros e as primeiras sementes do cristianismo, na forma católica romana, foram semeadas. Em 1758, o rei Yeongjo de Joseon proibiu oficialmente o cristianismo alegando ser uma prática maligna, e os cristãos coreanos foram submetidos à perseguição severa, particularmente entre 1801 e 1866. Nessa última onda, aproximadamente 8 mil católicos foram mortos em toda a Coreia.

Quando os primeiros missionários protestantes se estabeleceram permanentemente no Norte da Coreia em 1886, eles encontraram ali uma pequena comunidade de cristãos e, um ano depois, a primeira Bíblia foi impressa em coreano. A anexação da Coreia do Norte pelo Japão em 1905 (oficialmente em 1910), não intencionalmente, causou um grande aumento no número de cristãos e o cristianismo se tornou associado com movimentos que apoiavam o nacionalismo coreano. O número de cristãos aumentou, e, em 1907, começou um grande avivamento que marcou a história, a ponto da capital Pyongyang ser conhecida como a “Jerusalém do Oriente”. Centenas de igrejas surgiram e houve numerosas reuniões de avivamento. Missionários também estabeleceram instituições de ensino em todo o país.

O domínio japonês sobre o país trouxe a perseguição religiosa, e cristãos e outros civis foram forçados a se curvar diante dos altares do imperador. Após a derrota japonesa na Segunda Guerra Mundial, Kim Il-sung chegou ao poder e impôs um regime comunista e ateísta na Coreia do Norte. Iniciou-se uma guerra civil – a Guerra da Coreia (1950-1953), quando a Coreia se separou em dois países, Coreia do Norte e Coreia do Sul. A partir de então, muitos cristãos fugiram e, depois da guerra, dezenas de milhares de cristãos foram mortos, presos ou banidos para áreas remotas. O resto da igreja se tornou subterrânea. Se antes da guerra o país contava com 500 mil cristãos, dez anos mais tarde, não havia mais a presença visível da igreja.

Dados sobre a situação atual

As comunidades cristãs históricas originaram-se antes da Guerra da Coreia (1950-1953). Enquanto muitos cristãos morreram na guerra ou fugiram para o sul, outros ficaram e são eles e seus descendentes que formam essas igrejas históricas. Classificados na classe dos hostis, os cristãos protestantes estão na subclasse 37, enquanto os católicos ocupam a 39. Essas subclasses geralmente se aplicam àqueles cujos pais ou avós eram reconhecidamente cristãos. A maior parte deles foi banida para vilarejos isolados, como uma punição por terem o “Songbun” errado. Apenas uma pequena porcentagem de comunidades cristãs históricas conseguiu esconder a fé e formar a igreja secreta. Devido ao princípio de culpa por associação, os descendentes desses cristãos enfrentam obstáculos sociais enormes e são vistos com suspeitas.

As comunidades de convertidos ao cristianismo são formadas por ex-comunistas. Muitos deles vieram à fé em Cristo durante os anos 1990, na época da grande fome, quando inúmeras pessoas cruzaram a fronteira com a China e foram ajudadas por igrejas chinesas. Muitos deles também cruzaram a fronteira depois de 2000, mas em números menores. Ao retornar à Coreia do Norte, eles permaneceram fiéis à nova fé que descobriram.

Fonte: Portas Abertas

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