Agronegócios
Cooxupé: Semana de alta para o café e preços bateram recorde no mercado físico e futuro
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Analista destaca que dificilmente preços devem voltar a cair no Brasil, mas pode acontecer na Bolsa
A última semana de fevereiro foi de movimentações expressivas para o setor de café. No mercado futuro, as cotações tiveram dias de altas expressivas tanto para o café o arábica, como para o café tipo conilon. Segundo números da Cooxupé, o café arábica tanto no mercado físico, como no mercado futuro bateram recordes nos preços nesta semana.
Nesta sexta-feira (26), o mercado futuro do café arábica encerrou com baixas, indicando um dia de correção após várias sessões de valorização. Maio/21 encerrou com queda de 255 pontos, valendo 137,50 cents/lbp, julho/21 teve baixa de 255 pontos, negociado por 139,30 cents/lbp, setembro/21 registrou desvalorização de 260 pontos, valendo 140,90 cents/lbp e dezembro/21 teve queda de 265 pontos, estabelecendo os preços por 142,25 cents/lbp.
Durante a semana, as análises internacionais atribuíram o movimento de alta ao otimismo com uma demanda mais aquecida nos Estados Unidos e Inglaterra, diante do avanço da vacinação e também à menor oferta brasileira de café, considerando a quebra na safra de arábica, que deve ficar entre 32% e 39%, segundo os primeiros números da Conab.
Porém, na análise de Lúcio Dias – Superintendente Comercial Cooxupé, as altas neste momento são justificadas por um movimentação de elevação não só do café, mas de quase todas as commodities agrícolas. “O café é o que tem mais demorado para reagir, mas nesses últimos dias ele começou a acompanhar as outras. Por enquanto, na minha avaliação, ainda não é uma influência muito forte dos problemas que a gente teve no ano passado”, afirmou em entrevista ao Notícias Agrícolas.
O especialista destaca ainda que o movimento foi forte no mercado financeiro, em um momento em se é observado as compras como uma medida de proteção à inflação, para proteger as moedas. “Eu estou vendo muito mais ainda movimento de commoditie como um todo”, acrescenta.
Lúcio comenta ainda que mesmo que o mercado futuro faça uma grande correções nos preços, no mercado físico, em reais, o analista acredita que as cotações não devem recuar na mesma medida. “Em reais eu acredito que nós vamos ter pouca possibilidade de queda porque o produtor já vendeu, vendeu bastante. A minha preocupação quanto a queda de preços em reais é muito pequena, acredito que nós vamos ter um mercado mais consistente e aí realmente vai aparecer a oferta e demanda”, afirma.
Em relação aos preços no mercado físico, Lúcio destacou que os preços chegaram a R$ 760,00 e no caso do cereja descascado, os preços atingiram o valor de R$ 850,00 e no mercado futuro, para ano que vem, os negócios fecharam em R$ 810,00 e R$ 840 para entrega em 2023. “Nós tivemos um mercado bastante expressivo e eu não me recordo da gente ter preços assim. Foram os melhores preços que a gente já conseguiu no café nessa semana”, comenta.
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