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Contratos com 1,8 mil servidores da educação não são renovados pelo governo de Mato Grosso
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Um total de 1.829 contratos temporários para profissionais da educação que encerraram no final do governo Pedro Taques (PSDB) não foram renovados pela nova gestão, do governador Mauro Mendes (PSDB). A medida, segundo o governo, é para cortar gastos.
Os profissionais atuavam nas escolas, com cargos de analista de desenvolvimento econômico e social, técnico de desenvolvimento econômico e social e técnico administrativo educacional, de acordo com a Secretaria Estadual de Educação (Seduc).
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), Valdeir Pereira, afirmou que a não renovação dos contratos vai prejudicar os projetos pedagógicos desenvolvidos nas unidades de ensino de todo o estado.
“Mexendo nos projetos pedagógicos das unidades, o governo entende que está economizando com a educação. Fez uma interferência direta no projeto pedagógico e diz que isso é economia. Ele precisa explicar se o projeto dele é cortar despesas com atividade fim”, declarou.
Valdeir Pereira disse que são cerca de 300 professores destinados a esses projetos.
“A grande pergunta: qual a redução da própria Seduc? Por que o corte chegou na ponta, na atividade fim? Queremos saber qual o corte na parte administrativa? Nós não defendemos o corte na Seduc também, mas infelizmente o governo viu como inimigo do estado o servidor público”, afirmou.
Cortes
Há pouco mais de um mês, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), decretou estado de calamidade financeira alegando dívidas deixadas pela administração anterior, estimadas em R$ 4 bilhões, e despesas acima da arrecadação prevista para este ano. A estimativa de déficit no orçamento é de R$ 1,7 bilhão.
As principais alegações são de que a arrecadação é insuficiente para arcar com as despesas; endividamento por causa da Copa de 2014; crescimento das despesas de pessoal em 695% entre 2003 e 2017; desoneração tributária adotada nos últimos anos; alto grau de inadimplência do estado e não repasse, pela União, do Auxílio Financeiro para Fomento das Exportações (FEX) referente a 2018.
(G1)