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Medicina

Conheça os tipos de trombose, seus sintomas e como tratar


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A trombose é uma condição clínica em que ocorre a formação de um ou mais coágulos no sangue, prejudicando sua circulação. Os sintomas variam de acordo com a localização da obstrução e, caso ela se mova, pode haver complicações graves, como a embolia pulmonar.

Há dois tipos de trombose: a venosa e a arterial. Neste conteúdo, explicaremos qual a diferença entre eles, seus sintomas, causas e possíveis tratamentos. Confira a seguir!

Trombose venosa

A trombose venosa é o tipo mais comum e é caracterizada pelo desenvolvimento de um ou mais coágulos de sangue em uma veia. A função dessa estrutura é retornar o sangue dos tecidos ao coração, por isso, o líquido não flui tão rapidamente como nas artérias. Isso justifica a incidência maior de coágulos nas veias.

Esse tipo de trombose pode ser subdividido ainda de acordo com a forma como ocorre. A Trombose Venosa Superficial é a que o coágulo surge em uma veia próxima à superfície do corpo, sendo muitas vezes identificada pelo endurecimento ou pela vermelhidão da região.

Trombose Venosa Profunda, por sua vez, é causada pela formação de coágulos no interior das veias profundas dos membros. O mais comum é que ela decorra na panturrilha, mas existem casos em que as obstruções são localizadas nas coxas e nos membros superiores.

A Trombose Venosa Profunda normalmente afeta vasos dos membros inferiores e superiores.

Já a Trombose Venosa Renal é a que bloqueia a veia renal, que transporta o sangue para fora do rim, e pode gerar lesões nesse órgão.

Existem ainda dois outros tipos de trombose venosa que são raros, mas devem ser citados. São eles a Trombose Venosa Cerebral, que se desencadeia nas veias cerebrais, e a Trombose de Veia Porta, que ocorre em uma veia chamada porta hepática, estrutura pela qual o sangue flui do sistema digestório para o fígado.

Sintomas

A trombose venosa pode ser uma condição assintomática ou, então, apresentar sintomas como dor ou sensação de peso, além de inchaço, vermelhidão, aumento da temperatura e endurecimento da área acometida.

Além disso, nos casos em que o coágulo circula pelo corpo, se houver instalação nas artérias dos pulmões, um quadro de embolia pulmonar pode ser desencadeado, ocasionando sintomas como falta de ar, palidez e dor torácica.

Além dos próprios sintomas da trombose, as obstruções podem acarretar intercorrências como a embolia pulmonar.

Outra possibilidade, mais rara, é a ocorrência do Acidente Vascular Cerebral (AVC), também em função do deslocamento da obstrução. Nesse caso, os sintomas envolvem tontura, dor de cabeça intensa e repentina, dificuldade ou incapacidade de se movimentar, dormência em um dos lados do corpo e perda da visão, da fala e/ou da compreensão.

Pela gravidade, essas condições necessitam de atendimento médico imediato.

Tratamento

O tratamento da trombose venosa depende do quadro específico, de onde o coágulo está localizado e de sua gravidade.

De maneira geral, o foco é prevenir a formação de novas obstruções e fazer com que as já existentes sejam reabsorvidas pelo organismo, por meio da administração de medicamentos. Em alguns casos, pode ser necessária ainda a realização de cirurgias.

Trombose arterial

A trombose arterial ocorre quando o coágulo se localiza em uma ou mais artérias. Essas estruturas são responsáveis por levar o sangue oxigenado dos pulmões para os demais tecidos do corpo. Por isso, é uma condição mais rara, mas também mais grave.

Outro aspecto desfavorável é que as artérias afetadas frequentemente já sofrem de aterosclerose, processo de acúmulo de gordura em suas paredes, aumentando o nível de complicação dos quadros.

É comum a associação da trombose arterial com a aterosclerose.

Por esse motivo, a trombose arterial ocasiona muitas vezes intercorrências como o infarto e o AVC.

Sintomas

Entre os sintomas da trombose arterial, destacam-se a dificuldade de locomoção ou em realizar determinados movimentos, dor súbita e progressiva na região acometida e, ao contrário da trombose venosa, palidez e esfriamento da área afetada, normalmente braços e pernas.

No entanto, o infarto costuma ser um dos primeiros sinais de trombose arterial e frequentemente decorre da associação da condição com a aterosclerose.

Além do ataque cardíaco, o AVC pode ser uma manifestação em decorrência da trombose arterial e os sintomas são os mencionados acima, como confusão e complicação na fala, dormência de um dos lados do corpo e incapacidade de se movimentar.

É importante ressaltar que nesses casos, é fundamental buscar auxílio médico imediatamente.

Tratamento

O tratamento da trombose arterial normalmente consiste na administração de suas consequências, por exemplo, o infarto, e no uso de medicamentos. Também pode ser necessária a realização de cirurgias, inclusive, em quadros de diagnóstico precoce, antes das complicações.

Além do controle de suas consequências, o tratamento da trombose arterial pode envolver o uso de medicamentos.

Decorrências da trombose

Além dos episódios agudos, em que as obstruções são tratadas de forma isolada, ambos os tipos de trombose podem evoluir para doenças crônicas, que persistem a um longo período e demandam tratamento e acompanhamento recorrentes.

No caso da trombose venosa, a condição que pode ser desencadeada é a insuficiência venosa crônica, uma anormalidade no funcionamento venoso, causada pelo comprometimento de suas válvulas.

Já a trombose arterial pode ser motivadora da doença arterial obstrutiva periférica, processo gradual de obstrução ou estreitamento dos vasos arteriais, que prejudica a circulação sanguínea da área acometida — em geral, os membros inferiores.

Fatores de risco

A incidência dos dois tipos de trombose está muito associada aos seus fatores de risco. Os principais deles são hipertensão arterial, diabetes, sedentarismo, estresse, tabagismo, obesidade, avanço da idade, predisposição genética e uso de determinados medicamentos.

Fatores de risco, como o estresse, podem fazer parte das causas da trombose.

Além disso, pessoas que passam muitos períodos sem mobilidade, seja por conta da recomendação de repouso médico, de disfunções motoras ou por ficarem longos períodos sentadas, têm mais chances de desenvolver a Trombose Venosa Profunda.

Como é o diagnóstico

O diagnóstico tanto da trombose venosa como da arterial é realizado por médicos com base na avaliação clínica do paciente — de seus sintomas e histórico —, além de exames, como a ultrassonografia com doppler.

Como evitar a trombose

Alguns cuidados, ligados aos fatores de risco de desenvolvimento, podem ajudar a prevenir os dois tipos de trombose. Veja a seguir!

• Se alimentar de forma saudável;

• Praticar atividades físicas;

• Não fumar;

• Evitar o consumo excessivo de álcool;

• Se hidratar corretamente;

• Se movimentar após um longo período sentado;

• Buscar manter as pernas sempre em posições que favoreçam a circulação;

• Realizar check-ups médicos de rotina.

A trombose é uma condição que pode acarretar complicações graves, além de muito desconforto aos indivíduos acometidos. Saber quais são seus fatores de risco e adotar práticas saudáveis no dia a dia são ótimas maneiras de evitá-la.

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