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Agronegócios

Conheça os tipos de manga mais comuns no Brasil


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Em 2021, as exportações brasileiras de frutas bateram recordes: 1,24 milhão de toneladas foram embarcadas, sendo 18,13% a mais do que em 2020. O faturamento também apresentou crescimento em relação a 2020 (20,39%), alcançando US$ 1,21 bilhão.

Segundo dados da Associação Brasileira de Produtores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), os principais destinos das frutas brasileiras em 2021 foram União Europeia (48%), Estados Unidos (16%), Argentina (4%) e Canadá (3%).

Em 2022, apesar de um ano com bons números, os resultados devem ser um pouco menores do que no ano anterior. No primeiro semestre houve redução de 11% em relação às exportações do mesmo período de 2021. Entre os motivos para a diminuição estão os problemas climáticos causados pelo La Niña, que atrapalhou o desenvolvimento de cultivos em todo o País. Uma das regiões mais afetadas foi o Vale do São Francisco, considerada uma das mais importantes para a produção de frutas brasileiras, que recebeu uma quantidade de chuva muito acima do normal.

 

Manga madura cortada em cubos que não foram desgrudados um do outro
A manga é a fruta fresca mais consumida no mundo. (Fonte: Pexels/Reprodução) 

Além disso, a guerra da Rússia na Ucrânia gerou crises em diversos setores, como o de insumos agrícolas, o de logística e o de demanda de alimentos. A falta de navios e contêineres, o aumento do preço dos fretes e a dificuldade de acesso à União Europeia estiveram entre os mais recentes entraves para o aumento das exportações.

Apesar das dificuldades neste ano, as frutas brasileiras têm lugar cativo no mercado internacional e são reconhecidas pela alta qualidade e pelo sabor. A produção nacional mais exportada é a manga; em 2021, as vendas dela totalizaram US$ 248 milhões, representando 20% de toda a receita com exportações de frutas.

A manga tem alto valor comercial e é produzida em muitas localidades de clima tropical. A demanda internacional é altíssima, e no mercado interno o valor também é reconhecido, pois faz parte da dieta diária de muitos brasileiros.

Estima-se que existam 1,6 mil tipos de manga no mundo, sendo a Índia o país com mais variedades, tendo quase mil subespécies catalogadas. A fruta chegou ao Brasil no século 16, trazida por colonizadores portugueses. Atualmente, 30 tipos principais se desenvolvem no País, sendo quatro os mais comercializadas nos mercados externo e interno.

 

Principais tipos de manga do Brasil

1. Manga rosa

A manga rosa é nativa do sul da Ásia e se adaptou perfeitamente ao clima do Nordeste e do Centro-Oeste. Essa qualidade se diferencia pela coloração rosada e avermelhada. O fruto é fibroso, com polpa dourada e peso médio de 350 gramas.

É bastante resistente a doenças, o que garante boa produtividade. Apesar disso, não é muito apreciada no mercado exterior em razão da qualidade fibrosa.

2. Manga tommy

A tommy foi desenvolvida nos Estados Unidos no início do século 20 e chegou ao Brasil na década de 1960. Tem a casca espessa e o formato mais oval, com fruto suculento e polpa firme, tendo menos fibras do que a manga rosa.

Várias mangas tommys maduras empilhadas juntas, em um fundo preto
Manga tommy. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)A manga tommy é o tipo mais exportado no mundo e o mais produzido no Brasil, chegando a 500 gramas por unidade. Entre os destaques dela estão a facilidade de se desenvolver em regiões mais quentes ou frias e a durabilidade do fruto, que amadurece mesmo depois de colhido.

3. Manga palmer

Também produzida nos Estados Unidos e implantada no Brasil, a palmer é bastante semelhante à tommy. Uma das características é o caroço menos volumoso, o que dá mais espaço para a polpa. Tem pouca ou nenhuma fibra e, quando maduro, o fruto apresenta coloração vermelha-escura.

4. Manga espada

A manga espada é uma das frutas mais consumidas no País em razão do baixo preço. O fruto é mais fibroso, com formato alongado e achatado. A casca tem coloração amarelada e esverdeada.

Características da mangueira

A mangueira é uma árvore de porte grande, que pode atingir até 30 metros de altura. O prazo médio para a frutificação é de dois anos após o plantio. Para controlar a altura da árvore, é necessário realizar a poda após a colheita.

Quando a planta é jovem, precisa ser regada regularmente; quando atinge a maioridade, a rega se dá com intervalos entre 10 dias e 15 dias. Os frutos costumam estar maduros entre quatro meses e cinco meses depois da floração.

 

Fonte: HF Brasil, Mundo Agro Brasil, Embrapa, CPT, Saber Hortifruti

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