Medicina
Conheça 10 sintomas que podem indicar uma IST/DST
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Desconhecimento de sintomas agrava perspectiva de tratamento e contribui para o surgimento de novos casos
Estima-se que 990 mil pessoas vivem com AIDS no Brasil e mais de 51 mil novos casos foram registrados até o ano passado, segundo relatório da UNAIDS, o programa conjunto das Nações Unidas (ONU) como resposta global à epidemia de AIDS. Dados do Ministério da Saúde também apontam que cerca de 1 milhão de pessoas afirmaram ter diagnóstico médico de alguma infecção sexualmente transmissível.
O desconhecimento dos sintomas dessas doenças tem atrapalhado a busca por ajuda médica e um diagnóstico preciso para o tratamento, o que pode contribuir para o agravamento da saúde de pacientes e ao avanço do número de casos.
Entre as principais Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) no Brasil estão:
- HIV/AIDS: o vírus da imunodeficiência humana (HIV) ataca o sistema imunológico, levando à Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS);
- Sífilis: causada pela bactéria Treponema pallidum, a sífilis pode se manifestar em diferentes estágios e, se não tratada, pode levar a complicações graves;
- Gonorreia: causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, a gonorreia pode afetar as membranas mucosas do trato genital, reto e garganta;
- HPV (Papilomavírus Humano): o HPV é um vírus comum que pode levar ao desenvolvimento de verrugas genitais e, em alguns casos, ao câncer;
- Herpes Genital: causado pelo vírus herpes simplex, o herpes genital pode causar feridas dolorosas na região genital.
Além destas, as hepatites virais B e C também são consideradas ISTs e representam um importante problema de saúde pública no Brasil. “O conhecimento sobre os sintomas, formas de prevenção e a adesão ao tratamento precoce estão entre os maiores desafios para se prevenir a continuidade da contaminação e se promover o tratamento adequado às pessoas, uma vez que essas doenças estão envoltas em estigmas e preconceitos”, explica o Dr. Igor Marinho, infectologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.
O especialista ressalta que a campanha nacional Dezembro Vermelho é um instrumento muito importante para disseminar o conhecimento. “Temos que estimular as pessoas a buscarem atendimento médico, por isso o conhecimento sobre os sintomas é fundamental”, alerta o especialista do São Camilo.
Conheça 10 sintomas comuns de ISTs
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) podem apresentar diversos sintomas, que variam de acordo com o tipo de doença.
- Corrimentos: aparecem no pênis, vagina ou ânus, podem ser esbranquiçados, esverdeados ou amarelados, e podem causar dor ao urinar e/ou durante a relação sexual;
- Feridas: podem ser dolorosas ou não, e podem ser seguidas de “íngua” na virilha;
- Dor pélvica: presente em algumas ISTs, como a sífilis e a gonorreia;
- Ardência ao urinar: um sintoma comum em muitas ISTs;
- lesões de pele: pode ser uma ferida discreta que surge no pênis, vulva, vagina, colo do útero, ânus ou boca, não provocando dor e desaparecendo após algum tempo;
- Aumento de ínguas: sintoma de IST comum na infecção pelo HIV;
- Febre: em casos de infecção por vírus, como a hepatite B e C, o HIV e o herpes genital, a febre pode ser um sintoma inicial;
- Tosse e dor de garganta: sintomas iniciais da hepatite B e C;
- Náusea e vômitos: também podem ser sintomas iniciais da hepatite B e C;
- Diarréia: outro sintoma inicial das hepatites B e C.
É importante ressaltar que algumas ISTs podem não apresentar sinais e sintomas, e, se não forem diagnosticadas e tratadas, podem levar a graves complicações, como infertilidade, câncer ou até a morte. Portanto, é fundamental procurar atendimento médico caso se perceba algum sinal ou sintoma suspeito de IST.
Diagnóstico
O diagnóstico de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) é realizado por meio de exames e testes que podem ser classificados em duas categorias: exames rápidos e exames complementares.
Os exames rápidos são realizados a partir de uma amostra de saliva ou gota de sangue. Eles fornecem o resultado em, no máximo, 30 minutos e são indicados para o diagnóstico do HIV/Aids, hepatite C e sífilis.
Os exames complementares podem ser necessários para confirmar os resultados dos testes rápidos, especialmente em casos de suspeita de infecção por hepatite B e C. Além disso, podem ser realizados exames de sangue complementares, como a reação de agregação de antígeno (RAG) ou a reação de precipitação de antígeno (RPA).
Para casos de ISTs suspeitas, como lesões clínicas (visíveis), o diagnóstico pode ser feito com base no exame clínico dermatológico, ginecológico ou de outros órgãos afetados. Além disso, o médico pode solicitar um exame de sangue, como a sorologia não treponêmica e treponêmica (VDRL ou RPR) e a FTA-ABS (ou TPHA).
É importante ressaltar que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são imprescindíveis para prevenir o agravamento das infecções e o aparecimento de outras doenças. Portanto, é fundamental realizar exames regulares e procurar atendimento médico caso se perceba algum sinal ou sintoma suspeito de IST.
“A conscientização, a educação e o apoio contínuo são essenciais para avançar na resposta ao HIV/AIDS e às ISTs em geral, principalmente em relação às populações mais jovens”, aponta o Dr. Marinho, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo. O uso do preservativo em todas as relações íntimas é o método mais eficaz para evitar a transmissão das ISTs, do HIV/Aids e das hepatites virais B e C.
Sobre a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo
A Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo conta com 3 Unidades de hospital geral (Pompeia, Santana e Ipiranga) que prestam atendimentos em mais de 60 especialidades, cirurgias de alta complexidade, como Oncologia e Transplantes de Medula Óssea. Conta também com 1 Unidade especializada em Reabilitação e Cuidados Paliativos na Granja Viana.
Os hospitais gerais com atendimentos privados da Rede subsidiam as atividades de cerca de 40 unidades administradas pela São Camilo e que atendem pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) em 15 Estados brasileiros. No Brasil desde 1922, a São Camilo, que pertence à Ordem dos Ministros dos Enfermos, foi fundada por Camilo de Lellis e conta, ainda, com 25 centros de educação, dois colégios e dois centros universitários.
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