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Conexão Repórter volta a falar sobre Marcos Pereira


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No programa Conexão Repórter da última segunda-feira (3), Roberto Cabrini volta à Baixada Fluminense, depois de cinco anos. Ele entrevista o pastor Marcos Pereira, líder da igreja Assembleia de Deus dos Últimos Dias.

Em 2003, o pastor foi acusado por estupro e condenado a 15 anos de prisão. O programa revela a realidade do líder religioso, registrando como ele vive atualmente. Mesmo depois das denúncias e da prisão, ele continua pregando e o número de fiéis ainda é grande.

A investigação começou na sede da igreja, onde ele construiu sua carreira e ministério. Sua filha, Nívea Silva, deu continuidade aos trabalhos de evangelização nos principais presídios do país.

Como vive o pastor Marcos Pereira hoje?

Segundo a reportagem, o pastor ainda tem acesso livre pelos morros cariocas, que são tomados pelo tráfico de drogas. “Onde não chegam as autoridades, eu consigo chegar e mudar o coração desses jovens”, disse.

Atualmente, na sede da igreja, existe um dormitório com dezenas de mulheres “recém-convertidas” com um passado violento, conforme o repórter. E outro dormitório com cerca de 50 homens, “ex-bandidos” de idades variadas que eram “ladrões, sequestradores, traficantes, assassinos”, especifica.

Em visita a um baile funk, o repórter registra a atuação do pastor. Cabrini descreve o evento, no momento em que Marcos Pereira toma o microfone, como “Rave Gospel”.

“A cocaína vai sair do teu nariz, a maconha vai sair da tua boca, a cachaça, a bebida e a prostituição, porque eu entrei aqui em nome de Jesus”, determinou o pastor.

“Expulsando demônios”

Cabrini descreve como “poder enigmático do pastor”, enquanto Marcos Pereira toca na cabeça das pessoas e elas caem. O pastor imita sons de tiros para derrubar os jovens e depois assopra ordenando que se levantem.

As cenas acontecem tanto no baile funk quanto numa prisão. Em ambos os lugares, o pastor é aplaudido. Dentro da cela, com os presos, o pastor e sua filha cantam e o local vira “uma igreja” como disse o repórter.

Pastor do fogo cruzado

O jornalista usa o termo “pastor do fogo cruzado” por ele ter sido acusado dos mais diferentes crimes, entre eles “assassinato de pessoas que sabiam demais, estupro de fieis, associação ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro”.

“A ironia do destino: o homem que entrava em prisões para pregar ou para enfrentar rebeliões, virou um presidiário”, afirmou Cabrini.

Enquanto o pastor esteve preso, Cabrini o entrevistou na prisão e disse que encontrou ali um homem diferente, mais humilde e frágil. “O oposto da imagem que o líder religioso projetava antes de sua prisão”, revelou.

Mesmo durante o tempo em que esteve preso, o pastor foi acusado de comandar o tráfico de drogas, de dentro da prisão e de ter alguma relação com Fernandinho Beira-Mar, o líder da organização criminosa Comando Vermelho.

Passado e presente

“Nos cultos realizados, a polêmica envolvendo seus dias de cárcere é um assunto quase proibido, nunca falado”, afirmou Cabrini. O repórter resume a trajetória do pastor, que foi preso em 12 de setembro de 2013, condenado a 15 anos de prisão por estupro, por crimes ocorridos em 2006.

“Desde que deixou a prisão através de um habeas corpus, em dezembro de 2014, Marcos Pereira reassume seu posto de líder religioso”, disse. Nos vídeos divulgados em suas redes sociais, o pastor aparece com líderes políticos e religiosos, entre eles Michel Temer, Cabo Daciolo e Marco Feliciano.

No início deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF), cassou a liminar que mantinha o pastor em liberdade. Mesmo assim, ele não retornou à cadeia. Segundo a defesa, Marcos Pereira aguarda uma revisão judicial no próprio STF. O caso permanece em “segredo de justiça”.

“Setembro de 2018, ameaçado de voltar à prisão, Marcos Pereira decide não se manifestar. O pastor escolhe o silêncio”, concluiu Cabrini.

Assista!

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