Concursos
Concurso Polícia Federal 2018: CESPE é oficializada organizadora do edital para 500 vagas! Até R$24mil
Compartilhe:
Foi divulgado no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 08 de junho, que o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe Cespe/UnB) vai organizar o próximo concurso da Polícia Federal 2018. A escolha foi feita através de dispensa de licitação (veja abaixo).
De acordo com o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (FENAPEF), Luís Antônio Boundes, o concurso está confirmado para este mês. Ainda não há uma data exata para publicação do edital.
A portaria de autorização oficial do concurso da PF 2018 já foi publicada no Diário Oficial da União do dia 20 de abril. Segundo o documento (veja abaixo), o edital deverá ser publicado obrigatoriamente em até seis meses a contar a partir da data de publicação da portaria, ou seja, até 20 de outubro.
Conforme já adiantado aqui no site, serão oferecidas 500 vagas. As oportunidades doconcurso da Polícia Federal 2018 serão destinadas aos cargos de Agente Policial (180 vagas), Delegado de Polícia (150 vagas), Papiloscopista (30 vagas), Perito Criminal (60 vagas) e Escrivão (80 vagas).
Anteriormente, conforme informou o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (FENAPEF), Luís Antônio Boundes, a PF tinha no papel a seguinte distribuição de vagas: Agente Policial (220 vagas); Delegado (140 vagas); Perito Criminal (50 vagas); Escrivão de Polícia (60 vagas); e Papiloscopista (30 vagas). No entanto, a Federação enviou um ofício ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, e ao diretor-geral da PF, Rogério Galloro, pedindo uma melhor distribuição das vagas.
“Pedimos que seja feita uma melhor adequação das vagas, com destaque para os cargos de escrivães, visando corrigir a distorção hoje existente”, comenta o presidente. No ofício, a entidade e os sindicatos pedem também explicações a respeito da reestruturação dos cargos dentro da PF.
“A autorização para realização do concurso é resultado de uma intensa batalha travada pela Fenapef junto à direção-geral da Polícia Federal e às pastas do governo de Planejamento e, até então, da Justiça. A ideia é que as vagas sejam melhor distribuídas”, disse a FENAPEF.
Cargo de Escrivão foi discutido
Em janeiro, a Federação entrou em contato com a diretoria-geral, ainda sob o comando de Fernando Segóvia, pedindo mais esclarecimentos sobre o cargo de escrivão, que não estaria contemplado no futuro certame. A diretoria informou na ocasião que aguardava a unificação dos cargos de escrivão e de agente, já que o pedido faz parte do plano de reestruturação da carreira.
Porém, desde a mudança na direção-geral da PF, em fevereiro deste ano, não houve andamento da solicitação. Mesmo que haja a junção dos cargos de escrivão e de agente na reestruturação, a Federação esclarece que vai lutar para que a vaga de escrivão da Polícia Federal seja incluída ainda neste concurso, já que existe deficiência no quantitativo do cargo.
Atuação dos profissionais
Jungmann revelou que os novos profissionais irão atuar prioritariamente nas fronteiras. “Ainda este ano estaremos ampliando o contingente da PRF e da PF e duplicando o efetivo da PF nas fronteiras. É preciso lembrar que a fronteira do Brasil é a terceira maior do mundo, com 17 mil km de extensão divididos com dez países, e este trabalho de reforço precisa ser feito integrando o trabalho das polícias e de outros órgãos como o Ibama”, disse durante nova unidade operacional da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Cascavel, no oeste do Paraná.
Lembrando que além das 500 vagas para PF, haverá outras 500 oportunidades para a PRF. Após reunião com o Ministério do Planejamento, ficou decidido que não haverá contingenciamento das verbas do órgão. A promessa é que o edital seja divulgado ainda este ano.
“Sobre a necessidade e urgência de reforçar recursos humanos, especialmente na Polícia Federal e na Polícia Rodoviária Federal, estamos autorizados a fazer concursos, com 500 novos agentes para a Polícia Federal e 500 novos agentes na Polícia Rodoviária Federal”, afirmou Jungmann em entrevista. O Ministério foi criado por Medida Provisória no dia 27 de fevereiro pelo presidente Michel Temer.
O concurso da Polícia Federal 2018
O concurso da Polícia Federal 2018 foi solicitado com 1.758 vagas. No entanto, o governo autorizou 500 vagas. A solicitação de concurso da PF/2018 foi tratada em dois processos, que tramitaram em conjunto desde o ano passado. O certame também já estava previsto para 2018 com programação para arrecadações com inscrições (veja abaixo).
O Concurso da Polícia Federal 2018
A expectativa é que o concurso da Polícia Federal 2018 ofereça uma oferta expressiva de vagas para os cargos de Delegado, Perito, Agente e Escrivão. Os cargos têm as seguintes exigências e atribuições:
Delegado de Polícia Federal
REQUISITO: diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de graduação de nível superior de bacharel em Direito, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação.
ATRIBUIÇÕES: instaurar e presidir procedimentos policiais de investigação, orientar e comandar a execução de investigações relacionadas com a prevenção e repressão de ilícitos penais, participar do planejamento de operações de segurança e investigações, supervisionar e executar missões de caráter sigiloso, participar da execução das medidas de segurança orgânica, bem como desempenhar outras atividades, semelhantes ou destinadas a apoiar o Órgão na consecução dos seus fins.
Perito Criminal
REQUISITO: diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de graduação de nível superior na área de atuação.
ATRIBUIÇÕES: realizar exames periciais em locais de infração penal, realizar exames em instrumentos utilizados, ou presumivelmente utilizados, na prática de infrações penais, proceder pesquisas de interesse do serviço, coletar dados e informações necessários à complementação dos exames periciais, participar da execução das medidas de segurança orgânica e zelar pelo cumprimento das mesmas, desempenhar outras atividades que visem apoiar técnica e administrativamente as metas da Instituição Policial, bem como executar outras tarefas que lhe forem atribuídas.
Escrivão de Polícia
REQUISITO: diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de nível superior, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação.
ATRIBUIÇÕES: dar cumprimento às formalidades processuais, lavrar termos, autos e mandados, observando os prazos necessários ao preparo, à ultimação e à remessa de procedimentos policiais de investigação; acompanhar a autoridade policial, sempre que determinado, em diligências policiais, dirigir veículos policiais; cumprir medidas de segurança orgânica; atuar nos procedimentos policiais de investigação; desempenhar outras atividades de natureza policial e administrativa, bem como executar outras tarefas que lhe forem atribuídas.
Agente de Polícia Federal
REQUISITO: diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de nível superior, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação.
ATRIBUIÇÕES: executar investigações e operações policiais na prevenção e na repressão a ilícitos penais, dirigir veículos policiais, cumprir medidas de segurança orgânica, desempenhar outras atividades de natureza policial e administrativa, bem como executar outras tarefas que lhe forem atribuídas.
Salários foram reajustados para 2018
Os salários dos servidores foram reajustados. Para as funções de Agente e Escrivão, na segunda classe, os ganhos sobem para R$ 12.374,65, indo para R$ 12.940,69 em janeiro de 2018 e R$ 13.502,41 em janeiro de 2019. Na primeira classe, as remunerações chegam a R$ 14.405,33 em 2017, R$ 15.067,83 em 2018 e R$ 15.725,27 em 2019. Já na classe especial, os salários são de R$ 17.497,24 em 2017, R$ 18.306,60 em 2018 e R$ 19.109,79 em 2019.
Já para Perito e Delegado da PF, na segunda classe, as remunerações chegam a R$ 22.265,68 em 2017, R$ 23.710,07 em 2018 e R$ 24.756,42 em 2019. Já na primeira classe, os salários serão de R$ 25.897,24 em 2017, R$ 27.105,60 em 2018 e indo para R$ 28.304,74 em 2019. Na classe especial, os servidores recebem R$ 28.720,24 em 2017, R$ 30.062,70 em 2018 e R$ 31.394,91 em 2019.
Déficit é alto
Segundo informou o Tribunal de Contas da União (TCU), a PF está com efetivo insuficiente para combater os ilícitos praticados nas regiões de fronteira. Na opinião do presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Jones Leal, o departamento deveria quadruplicar o quantitativo de policiais nessa faixa do território, que hoje não chega a 500. “No mínimo, na pior das hipóteses, necessita de 2 mil policiais”, frisou.
Ainda de acordo com Jones, o problema é grave. “Nosso problema nas fronteiras é gravíssimo. Temos faixa de fronteira de 100 quilômetros sem nenhum policial. Fronteira seca por onde entra e sai todo tipo de ilícito”, alertou. “Nós não fabricamos AR-15, não fabricamos M16, não fabricamos AK-47, não fabricamos nenhum tipo de armamento pesado, e eles estão todo dia sendo apreendidos pelas polícias do nosso país”, lamentou.
Organizadora do Concurso PF 2018
Os concursos da Polícia Federal são tradicionalmente organizados pelo Cebraspe, Cespe/Unb. Os inscritos são avaliados por provas objetivas e discursivas, exame de aptidão física, exame médico, avaliação psicológica, prova prática de digitação (apenas escrivão), avaliação de títulos, prova oral (apenas delegado) e curso de formação profissional.
Provas / Conteúdo Agente Policial do Concurso da Polícia Federal
No último concurso para agente, a prova objetiva foi sobre Língua Portuguesa, Atualidades, Raciocínio Lógico, Noções de Informática, de Administração, de Contabilidade, de Economia e de Direito (Penal, Processual Penal, Administrativo e Constitucional), além de Legislação Especial. As provas são aplicadas em todas as capitais e os aprovados são inicialmente lotados justamente nas regiões de fronteira.
Concurso da PF para nível médio
Além das vagas para Delegado, Perito, Escrivão e Agente, a expectativa é que em breve um novo concurso seja divulgado para Agente Administrativo, função que tem requisito de nível médio. De acordo com o presidente da Federação, quase 70% dos que ingressaram no último concurso para o setor já deixaram o órgão.