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Concurso Bacen: pedido de novo edital com 245 vagas é confirmado


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O Banco Central (BC/Bacen) enviou ao Ministério da Economia na segunda-feira, 31 de maio, pedido de autorização para novo concurso. A solicitação é para preenchimento de 245 vagas efetivas nos cargos de técnico, analista e procurador.

Conforme o ofício enviado ao Ministério da Economia, as oportunidades do concurso Bacen devem ser preenchidas em 2023 e 2024. Confira a distribuição abaixo, que foi confirmada à Folha Dirigida pela Assessoria de Imprensa do Banco Central.

Cargo 2023 2024
Analista 100 100
Técnico 15 15
Procurador 7 8
TOTAL 122 123

Dessa forma, o impacto fiscal com as nomeações seria apenas no ano de 2023.

O cargo de técnico do Banco Central requer o ensino médio completo e tem salários iniciais de R$7.741,31, incluindo o auxílio-alimentação de R$458.

Já o cargo de analista tem como exigência o nível superior em qualquer área de formação. As remunerações, depois da aprovação no concurso, são de R$19.655,06.

Por sua vez, para concorrer às vagas de procurador é necessário ter Bacharelado em Direito e exercício comprovado de dois anos de prática forense. Após o ingresso, os ganhos são de R$21.472,49 por mês.

Em 2020, foi encaminhado pedido para novo concurso Bacen com 260 vagas. Desse total, 30 eram para técnicos, 200 para analistas e 30 para procuradores. Esse foi mesmo quantitativo pleiteado pelo Banco Central em 2019.

Tais solicitações, no entanto, não têm sido atendidas pelo Ministério da Economia, que aponta “a indisponibilidade de autorização de novos concursos públicos em face da atual situação fiscal do país”.

Presidente evidencia importância do novo concurso Bacen

No novo ofício enviado à Economia, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirma que compreende a gravidade da situação fiscal. Mas, pondera que a redução da força de trabalho do BC acarreta risco ao adequado funcionamento do Sistema Financeiro Nacional (SFN).

“Ao longo dos últimos anos a força de trabalho do BC vem-se reduzindo significativamente, em função de aposentadorias e outras modalidades de vacância, sem reposição desde os últimos concursos públicos autorizados em 2013. Em paralelo, houve acréscimos nas atribuições institucionais”, disse o presidente.

Diante disso, o presidente do BC pede que o ministro da Economia, Paulo Guedes, autorize a realização do novo concurso.

“Dadas as razões ora expostas e detalhadas nas manifestações técnica e jurídica anexas, destaco que tal medida se revela fundamental para a preservação da capacidade operacional do BC e a continuidade das ações essenciais de sua responsabilidade, nos níveis de qualidade e agilidade requeridos pela sociedade”.

A nota técnica, encaminhada ao Ministério da Economia, ainda expõe que o número de servidores públicos federais do Poder Executivo aumentou cerca de 12%, enquanto no BC houve decréscimo de aproximadamente 30%.

Dos 6.470 cargos previstos em lei para o Banco Central, 2.943 estão vagos. Faltam 409 técnicos, 2.398 analistas e 136 procuradores.

Intensifique sua preparação para o concurso Banco Central

Especialistas indicam não esperar o edital do concurso Bacen ser divulgado para começar a preparação. Quem tem estudos antecipados garante mais chances para aprovação.

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O último concurso Bacen foi realizado em 2013. Na época, foram oferecidas 500 vagas para técnicos e analistas. O Cebraspe (Cespe/UnB) foi a banca organizadora.

Os candidatos foram submetidos a prova objetiva sobre Conhecimentos Básicos e Específicos e avaliação de títulos. Os aprovados ainda passaram por um programa de capacitação.

As provas foram aplicadas nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Belém, Fortaleza, Recife e Salvador.

Autonomia do Bacen é favorável ao novo concurso?

Em fevereiro de 2021, o presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei que estabelece a autonomia do Banco Central. O texto busca blindar o órgão de pressões político-partidárias.

Uma vez que o presidente do Banco Central terá mandato de quatro anos, não coincidente com o presidente da República. Segundo o texto, a presidência do BC será assumida no primeiro dia do terceiro ano do mandato do chefe do Poder Executivo.

Tal autonomia é favorável à realização de novos concursos Bacen? O Banco Central não terá mais dependência da autorização do Ministério da Economia para abrir seleções e nomear servidores?

Folha Dirigida levou esses questionamentos ao BC. A Assessoria de Imprensa do banco informou que o projeto de lei sancionado não trata da gestão de carreiras. Também não propõe a abertura de concursos sem aval do Poder Executivo.

A partir disso, mesmo com a autonomia, o Bacen dependerá de aval do Ministério da Economia para abrir concursos e reduzir as vacâncias.

“O BC continuará fazendo parte do Executivo Federal para todos os efeitos administrativos, inclusive integrando todos os seus sistemas. A gestão orçamentária do BC continuará vinculada à Administração Federal, bem como a análise de pedidos de reposição de seu quadro funcional”, esclareceu o banco.

Folha Dirigida

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