Saúde
Composição e funções do sangue
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Qual é a composição do sangue?
O sangue humano é composto de plasma, hemácias, leucócitos e plaquetas. Cerca de 8% do peso corporal de um adulto é representado pelo sangue. As mulheres têm cerca de 4-5 litros de sangue, enquanto os homens têm cerca de 5-6 litros. Sua temperatura média é de 38 graus Celsius e pH de 7,35-7,45, tornando-o ligeiramente básico. O sangue no interior das artérias é de um vermelho mais brilhante do que o sangue no interior das veias, devido aos níveis mais altos de oxigênio encontrados no sangue arterial.
O plasma é um fluido extracelular claro, formado por uma mistura de proteínas, enzimas, nutrientes, resíduos metabólicos, hormônios e gases. As proteínas são as substâncias mais abundantes no plasma e desempenham uma variedade de papeis, incluindo coagulação, defesa e transporte. Os aminoácidos são formados a partir da quebra de proteínas de tecidos ou da digestão das proteínas. Resíduos azotados são produtos finais tóxicos da degradação de substâncias no corpo, geralmente eliminados da corrente sanguínea e excretados pelos rins.
Os nutrientes (glicose, aminoácidos, gorduras, colesterol, fosfolipídios, vitaminas e minerais, etc.) são absorvidos pelo trato digestivo e transportados pelo plasma sanguíneo. Uma quantidade pequena de oxigênio e dióxido de carbono são transportados pelo plasma. O plasma também contém uma quantidade substancial de nitrogênio dissolvido. Os eletrólitos mais abundantes são os íons de sódio, que respondem pela osmolaridade maior do sangue.
Os glóbulos vermelhos, também conhecidos como eritrócitos ou hemácias, são células em forma de disco com uma borda espessa e um centro afundado, fino. Sua forma permite que os eritrócitos se estiquem e dobrem à medida que se espremem através de pequenos vasos sanguíneos e retornem à sua forma original à medida que passam por vasos maiores. O citoplasma de um eritrócito consiste principalmente de uma solução de hemoglobina a 33%, o que dá a ele uma cor vermelha. A hemoglobina transporta a maior parte do oxigênio e parte do dióxido de carbono. Os eritrócitos circulantes vivem por cerca de 120 dias, após os quais grande parte deles é destruída no baço.
Os glóbulos brancos, ou leucócitos, podem ser divididos em granulócitos e agranulócitos, conforme sua aparência à microscopia. Os granulócitos consistem em neutrófilos, eosinófilos e basófilos. Os agranulócitos são os linfócitos e monócitos.
As plaquetas são pequenos fragmentos de células da medula óssea e, portanto, não são realmente classificadas como células.
Como o sangue é produzido?
No primeiro mês de evolução, o embrião já possui um sistema circulatório muito próximo ao do adulto. Ao final do primeiro mês, já existe um coração rudimentar que bombeia sangue para o corpo em formação. Desde o início do segundo mês, o sangue já está presente, com sua composição muito próxima à final.
Chama-se hemopoiese a produção desses elementos estruturados do sangue. Os tecidos hemopoiéticos são os tecidos que produzem sangue. O primeiro tecido hematopoiético a se desenvolver é o saco vitelino, que é o produtor das células iniciais precursoras do sangue. No feto, as células do sangue são produzidas pela medula óssea, fígado, baço e timo. Isso muda durante e depois do nascimento. O fígado deixa de produzir células sanguíneas na época do nascimento, enquanto o baço deixa de produzi-las logo após o nascimento, mas continua produzindo linfócitos para a vida toda.
Desde a infância, todos os elementos formados são produzidos na medula óssea vermelha. Os linfócitos são adicionalmente produzidos nos tecidos linfoides e órgãos amplamente distribuídos no corpo, incluindo o timo, amígdalas, linfonodos, baço e placas de tecidos linfoides no intestino.
Eritropoiese refere-se especificamente à produção de eritrócitos, que então se multiplicam e sintetizam a hemoglobina, que transporta o oxigênio.
Chama-se leucopoiese, a produção de leucócitos. Linfócitos maduros e macrófagos secretam várias substâncias em resposta a infecções e outros desafios imunológicos. Os linfócitos são responsáveis pela imunidade de longo prazo e podem sobreviver por algumas semanas ou décadas. Eles são continuamente reciclados do sangue para o fluido dos tecidos para a linfa e, finalmente, de volta para o sangue.
A trombopoiese refere-se à produção de plaquetas, antes chamadas de trombócitos. Elas são produzidas pelo fígado e pelos rins e cerca de 25-40% delas são armazenadas no baço e liberadas quando necessário. O restante circula livremente no sangue por cerca de 10 dias.
Quais são as funções do sangue?
O sangue tem três funções principais:
- Transporte: o sangue transporta gases, nomeadamente oxigênio desde os pulmões para os tecidos e dióxido de carbono no sentido inverso; nutrientes do trato digestivo e locais de armazenamento para o resto do corpo; resíduos de produtos a serem desintoxicados ou removidos pelo fígado e pelos rins; hormônios das glândulas em que são produzidos para as células-alvo; calor para a pele, de modo a ajudar a regular a temperatura corporal.
- Proteção: o sangue tem vários papéis de proteção na inflamação. Os leucócitos destroem microrganismos invasores e células cancerígenas; os anticorpos e outras proteínas destroem substâncias patogênicas; os fatores plaquetários iniciam a coagulação do sangue e ajudam a minimizar a perda de sangue.
- Regulação: o sangue participa na regulação do pH corporal, interagindo com ácidos e bases e no balanço hídrico por transferência de água de e para os tecidos.
Uma das principais funções do sangue é a distribuição dos nutrientes, gás oxigênio e hormônios para as células do corpo humano. Existem três categorias principais de proteínas plasmáticas: albuminas, globulinas e fibrinogênio, precursor da fibrina, a qual desempenha um papel fundamental na coagulação do sangue.
Os glóbulos vermelhos têm duas funções principais: (1) pegar oxigênio dos pulmões e entregá-lo aos tecidos e (2) pegar dióxido de carbono dos tecidos e descarregá-los nos pulmões.
Os glóbulos brancos, ou leucócitos, são células que atuam na defesa do organismo, agindo contra infecções, doenças, alergias, resfriados e que, em algumas ocasiões, podem atacar os tecidos do próprio corpo, originando doenças autoimunes.
As plaquetas têm as seguintes funções: vasoconstrição em casos de sangramentos; formação de concentrações temporárias para bloquear os sangramentos; pró-coagulantes para promover a coagulação do sangue; dissolução de coágulos sanguíneos quando não forem mais necessários; digestão e destruição de bactérias; secreção de produtos químicos que atraem neutrófilos e monócitos para locais de inflamação; liberação de fatores de crescimento para manter o revestimento dos vasos sanguíneos.