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Como o ego pode prejudicar os negócios?


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Egocentrismo é um dos principais vilões no processo de transformação das empresas
Muito se fala no quanto o excesso de ego pode prejudicar uma pessoa e de possíveis caminhos para se libertar desse comportamento.

O egocentrismo é um estado em que a pessoa se acha independente e autossuficiente, a ponto de recusar qualquer ajuda ou opinião alheia. No ambiente empresarial, ter pessoas com esse comportamento pode ser altamente prejudicial.

Muitos especialistas em saúde mental acreditam que vivemos na era do egocentrismo generalizado, decorrente de uma geração que aprendeu com os seus cuidadores e sociedade que podia tudo (não importa como).

Frequentemente na Plano Consultoria repensamos a nossa relação com a equipe por meio de discussões, eventos, workshops, ações efetivas para promover transformações enquanto seres humanos, tanto no âmbito pessoal como profissional.

O egocentrismo no ambiente dos negócios pode ser altamente prejudicial e é reflexo de comportamentos humanos presentes na equipe. A pessoa egocêntrica está “centrada em si mesma” e é muito difícil para uma organização derrubar barreiras que estão enraizadas nos comportamentos humanos.

Egocentrismo como parte de um Mindset Fixo

Quando se fala no mindset (mentalidade ou programação mental), o comportamento egocêntrico está ligado ao mindset fixo.

No mindset ou mentalidade fixa, as pessoas tendem a pensar que suas habilidades e características são inatas e constantes. É natural que nesse mindset, as pessoas acreditem possuir um grau elevado de inteligência e moral a ponto de essas características determinarem o que elas podem ou não realizar.

Para pessoas com essa mentalidade, o sucesso é medido pelo grau de inteligência, ou seja, se atinge objetivos, isso é sinal de inteligência elevada e se falha, isso demonstra que sua inteligência é inferior.

No egocentrismo também há a crença de uma superioridade, sendo a autossuficiência e independência resultados da crença de uma grande facilidade em lidar consigo e com qualquer situação. Se algo não flui como o esperado, a sensação é a de inevitável frustração.

E claro, o egocentrismo no ambiente dos negócios também pode estar ligado à inflexibilidade: às mudanças, a novos processos, a novas metodologias, etc.

Egocentrismo no ambiente dos negócios X Transformação

Se em uma organização prevalece o comportamento egocêntrico entre diretores, equipe e líderes, infelizmente será muito difícil haver transformação organizacional.

O comportamento egocêntrico atua como barreira a qualquer mudança. Empresas que contam com diretores e líderes egocêntricos, provavelmente terão um modelo de gestão voltado ao tradicional, com uma liderança predominantemente vertical e cultura organizacional pautada nessas características.

Quaisquer mudanças nesse cenário serão quase impossíveis à medida que as pessoas se mostrarão inflexíveis a novas metodologias, a novos processos, etc. Qualquer mudança externa em uma empresa sempre esbarrará no comportamento dos gestores, líderes e equipe.

Um processo de transformação não depende exclusivamente de uma mente, de um grupo específico de pessoas, será importante que todos revejam os seus comportamentos enquanto pessoas e enquanto parte de uma organização.

O que se vê hoje na maioria das empresas é um desejo por mudanças, principalmente por aquelas que ajudarão em seu crescimento, faturamento, maior visibilidade, etc. Mas o grande obstáculo nesse desejo costuma ser a própria empresa, porque mudanças internas no negócio também demandarão mudanças internas nas pessoas que o compõe.

Uma produção hollywoodiana pode ajudar a mostrar o papel do egocentrismo. No filme Titanic (o navio que foi construído para não afundar), a postura do capitão (Edward Smith) era de modelo egocêntrico. O navio estava em alta velocidade no ambiente repleto de icebergs, acredita-se que Smith tenha cedido aos pedidos de Joseph Bruce Ismay, presidente da White Star Line, para esse comportamento arriscado.

O egocentrismo não pode favorecer de qualquer maneira a cultura de colaboração, aliás, se contrapõe absolutamente a esse modelo. A abertura para ouvir novas opiniões não existe e a empatia, tão fundamental em um ambiente organizacional tampouco se fará presente. O egocentrismo no ambiente dos negócios assume papel de “castrador de transformações”.

Saúde mental no trabalho – mudanças de comportamento são essenciais

Empresas que desejam se desenvolver, se transformar e expandir não ignoram a importância do tema saúde mental. É fundamental que gestores, líderes e equipe repensem o próprio comportamento. A abertura para uma mudança interior é necessária.

As grandes mudanças não acontecem, como de maneira superficial se pode pensar, do externo para o interno, é ao contrário, mas muito além disso, porque esse interno engloba comportamentos, cada indivíduo e suas particularidades.

O tão comentado autoconhecimento é fundamental, mas vale ressaltar que se autoconhecer envolve perceber aquilo que pode representar o maior inimigo em si mesmo, como é o caso do egocentrismo em grau elevado.

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