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Como medir a glicose no sangue?


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Em todos eles, a taxa de glicose é medida numa amostra de sangue venoso, exceto na glicemia capilar.

Há vários métodos de medir a glicose no sangue:

(1) Glicemia de jejum
(2) Glicemia capilar
(3) Glicemia pós-prandial
(4) Curva glicêmica ou teste de tolerância à glicose
(5) Hemácia glicosilada

Glicemia de jejum

A dosagem da glicemia de jejum é feita numa amostra de sangue que deve ser colhida de uma veia após um jejum de 8 a 12 horas, durante o qual só é permitido tomar água. Nessas condições, o nível normal de glicose deve ficar entre 70 a 99 mg/dl. Níveis de glicose fora desses parâmetros, para mais ou para menos, podem ter efeitos graves, permanentes e sérios.

Um indivíduo com um nível entre 100 e 125 mg/dl é considerado levemente hiperglicêmico (pré-diabético), enquanto acima de 126 mg/dl ele é considerado diabético (medida que deve ser confirmada).

Um nível de açúcar no sangue abaixo de 70 mg/dl é chamado de hipoglicemia. Frequentemente ela está relacionada com o tratamento do diabetes, mas em raras condições pode ocorrer em pessoas sem diabetes, devido ao uso de medicamentos, consumo excessivo de álcool, doenças graves do fígado, distúrbios do rim, inanição a longo prazo, superprodução de insulina por um tumor do pâncreas, deficiências hormonais e hipoglicemia que ocorre após as refeições (hipoglicemia pós-prandial), porque o corpo produz mais insulina do que o necessário. O tratamento da hipoglicemia envolve passos rápidos para recuperar o nível de açúcar no sangue, com alimentos ou bebidas com alto teor de açúcar.

Glicemia capilar

Para medir-se a glicemia capilar deve-se utilizar um aparelho de glicemia específico e apto para medir a glicose a partir de uma gota de sangue, retirada da ponta do dedo. Esse método geralmente é usado para medir com frequência a glicemia, como nos casos de diabéticos ou pré-diabéticos. É usado também especialmente antes e após cada refeição ou antes de tomar insulina, para regular as doses do remédio.

Quando a gota de sangue for tomada em jejum, os valores de referência são os mesmos do item anterior. Se tomada a qualquer hora do dia, valores até 200 mg/dl são toleráveis em diabéticos. Valores superiores a esse são sinal de glicemia descontrolada.

Glicemia pós-prandial

Glicemia pós-prandial é o aumento do nível de glicose no sangue após uma refeição rica em carboidratos (pão, arroz, batata, milho, mandioca…). Em resposta à absorção de carboidratos, a glicose sobe rapidamente em cerca de 10 minutos e depois começa a cair, durante 2 a 3 horas.

Tomada 120 minutos após a refeição, a glicemia não deve ultrapassar 140 mg/dl, em pessoas normais. Em diabéticos controlados essa taxa é de 200 mg/dl. Esse exame é feito por meio de coleta de sangue de uma veia da pessoa a ser testada, em geral duas horas depois dela ter iniciado a refeição contendo carboidratos.

Curva glicêmica ou teste de tolerância à glicose

A curva glicêmica, ou teste oral de tolerância à glicose, é feita com o objetivo de verificar como o organismo reage frente a elevadas concentrações de glicose, e ajuda no diagnóstico de diabetes, pré-diabetes, resistência à insulina e de outras alterações relacionadas às células pancreáticas.

Ela parte da medida da glicose tanto em jejum quanto depois da ingestão de um líquido açucarado fornecido pelo laboratório. A primeira amostra de sangue deve ser colhida com o paciente em jejum de pelo menos 8 horas. Após essa primeira coleta, é dado ao paciente o líquido açucarado que contém cerca de 75g de glicose e feitas novas coletas a cada 30, 60, 90 e 120 minutos após o consumo do líquido.

Com os valores então obtidos, é traçado um gráfico que pode ser comparado com a curva padrão normal. Em alguns casos, o médico pode solicitar apenas uma única dosagem após 2 horas do consumo do líquido. Após 2 horas, os valores de referência são:

  • Normal: inferior a 140 mg/dl.
  • Tolerância diminuída à glicose: entre 140 e 199 mg/dl.
  • Diabetes: igual ou superior a 200 mg/dl.

A tolerância diminuída é um pré-diabetes. O teste de tolerância à glicose deve ser feito durante o pré-natal, pois a diabetes gestacional representa risco tanto para a mãe quanto para o bebê.

Hemácia glicosilada

A taxa de hemoglobina glicosilada expressa a concentração média de glicose plasmática nos três últimos meses, já que esse é o tempo médio de vida útil de um glóbulo vermelho carregado de hemoglobina, formado pela exposição da hemoglobina à glicose plasmática. À medida que a quantidade média de glicose plasmática aumenta, a fração de hemoglobina glicosilada aumenta de maneira previsível.

Os valores de referência da hemoglobina glicosilada variam dentro do normal de 4,5 a 5,6%, sendo que índices de 5,7 a 6,4% são considerados pré-diabéticos. Em diabéticos, índices de 6,5 a 7% são indicativos de bom controle glicêmico e índices acima de 12% significam um controle muito pobre da doença.

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