Como é feito o exame de próstata? Entenda aqui

O exame de próstata, apesar de temido, é o que identifica o câncer, que é a segunda maior causa de morte de homens, no Brasil. De acordo com informações do Instituto Nacional de Câncer, mais de 15 mil falecem anualmente por esse motivo. O que faz do exame para identificar o contratempo, o melhor remédio para se prevenir.

Quando se fala em exame de próstata, esse tema vem rodeado de preconceitos. Principalmente pelo motivo de que é um procedimento que é um pouco invasivo e lida com as partes íntimas do homem. Mas, saber que essa simples avaliação é capaz de identificar o câncer em seu estágio inicial e aumentar as chances de cura, a torna livre de tabus.

Neste post, o Sempre Bem explica como é feito o exame de próstata, quais são os tipos de exames que fazem parte dessa avaliação, e para quem ele é indicado. Confira!

Para que serve o exame de próstata?

O exame de próstata serve para identificar se há alguma alteração na glândula masculina. Essa parte do organismo produz o fluido que envolve os espermatozoides no sêmen.

Alterações no funcionamento e na estrutura da próstata indicam algum problema. E isso exige mais exames para investigar quais são as desordens que ocorrem com a glândula.

Como é feito o exame de próstata?

De forma geral, há dois exames de próstata que são pedidos pelos médicos urologista ou proctologista, que identificam algum problema na glândula, com bastante precisão. São eles: o exame de PSA e o toque retal.

No primeiro, de PSA, um simples exame de sangue é feito, com o foco no índice Antígeno Prostático Específico (PSA). Essa substância é uma proteína produzida pela próstata.

Toque retal

O exame é feito somente pelo médico urologista ou proctologista, que são especializados na saúde masculina. É um procedimento que o profissional coloca o dedo indicador — devidamente com uma luva lubrificada — no reto do paciente. Isso leva segundos e o profissional constata se há alterações na próstata.

Caso os valores estejam maiores do que 2,5 ng/ml para homens até 65 anos, e acima de 4 ng/ml para quem tem mais do que essa idade, há um sinal de problema com a glândula.

Já no exame toque retal, o médico urologista introduz o dedo indicador no ânus do paciente. A medida física é feita somente com luvas e é necessária para que o profissional identifique se há algum caroço, deformidade ou consistência anormal na glândula.

Esse procedimento é bastante rápido e é feito em uma consulta com o médico, com o resultado na hora, emitido em um laudo.

Quais são os tipos de exames de próstata?

Para além dos exames de PSA e de toque retal, há outros exames de próstata. Em geral, os outros são pedidos quando alguma anormalidade na próstata é identificada depois dos procedimentos mais comuns.

Ultrassonografia transretal

Quando há alguma alteração ou desconfiança do médico em relação à saúde da próstata, ele poderá exigir a ultrassonografia transretal. Esse procedimento é mais invasivo, pois uma sonda é introduzida no reto do paciente, para observar a glândula por meio de um monitor.

Para fazer esse exame é recomendado usar um laxante dias antes, para eliminar o que há no intestino e facilitar o procedimento.

Exame de urina

Quando há alguma alteração constatada no exame de PSA e no toque retal, um posterior exame de próstata é pedido: o de urina. A razão para isso é que o procedimento avalia se há a chamada hiperplasia prostática — uma anomalia que confirma se há um tumor na glândula.

Esse exame é pedido brevemente depois do toque retal, e o resultado fica pronto em alguns dias.

Medição do jato de urina

É um exame complementar e serve para identificar principalmente no paciente já diagnosticado com a próstata alterada ou com o câncer comprovado.

Esse procedimento serve para medir qual é a força e a quantidade de urina que sai do paciente. Isso é feito para ver se há um impacto intenso na saúde da bexiga e da uretra, durante o tratamento do câncer de próstata.

Para realizar essa avaliação, é preciso ficar com a bexiga bem cheia de água. Assim que o paciente for urinar, um computador poderá medir o jato de urina que deve cair em um recipiente conectado à máquina.

Biópsia

A biópsia é um exame de próstata mais profundo e que confirma, depois de checado que há um tumor na glândula, qual é o tipo dele: benigno ou maligno, e sua intensidade.

Esse procedimento extrai um pedaço bem pequeno da próstata, com uma punção. É um exame que pode ser feito isoladamente ou durante a ultrassonografia retal, cruzando os dados dos dois resultados e obtendo uma resposta bem precisa.

Para que esse exame de próstata seja feito de forma segura, o médico responsável pedirá que o paciente tome algum antibiótico. Além disso, ele também irá recomendar o uso de laxante dias antes da realização.

O motivo é que o antibiótico vai eliminar bactérias que podem interferir no resultado, além de prevenir que uma infecção se instale na glândula. Enquanto o laxante serve para esvaziar o intestino.

Para quem é indicado o exame de próstata?

O exame de próstata é padrão para homens acima dos 40 anos, mas, alguns motivos fazem com que esse procedimento seja ainda mais requisitado para alguns grupos.

Veja quais são os principais grupos que devem fazer o exame de próstata anualmente:

• quem tem histórico familiar da doença;
• obesos;
• negros— há maior taxa de câncer de próstata nessa etnia;
• antes dos 40 anos para quem tem os fatores de risco acima.

Fazer o exame de próstata anualmente após os 40 anos é a melhor forma de identificar um possível câncer em seu estágio inicial. Esse é o momento em que a doença pode ser combatida com muito mais chances de cura. Para ajudar a controlar esse cuidado consigo, é bom manter na agenda um mês fixo todo ano para fazer a avaliação.

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