Política
Como a IA está ajudando a combater fake news nas eleições municipais
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Inteligência Artificial ajuda a combater fake news em eleições
O uso de IA aplicada a chatbots pode ser aliado no combate à desinformação e na conscientização dos eleitores brasileiros
As eleições municipais se aproximam, e com elas surge uma ameaça: a enxurrada de fake news que inunda as redes sociais e aplicativos de mensagens. Uma pesquisa do DataSenado revelou que 81% dos brasileiros acreditam que as fake news podem alterar o resultado das eleições. Segundo um levantamento da Infobip, realizado em agosto no Brasil, 85% dos brasileiros utilizam o WhatsApp como a principal ferramenta para entrar em contato com instituições. “Assim como ele é fonte para disseminar, ele pode ser usado para combater notícias falsas e há como usar IA para isso, como foi feito no pleito presidencial”, conta Bárbara Kohut, especialista de produtos para a América Latina na Infobip, líder global em comunicações omnicanal.
Para ela, a tecnologia pode ser uma poderosa aliada na luta contra a desinformação. Além disso, tecnologias de IA e campanhas de alfabetização midiática são importantes para garantir que o fluxo de informações durante o período eleitoral seja transparente e seguro. Fica então a pergunta: como garantir eleições justas em meio a esse mar de desinformação?
O impacto da desinformação não é algo distante. Nas últimas eleições, o Brasil testemunhou o poder das fake news em manipular a opinião pública, gerando desconfiança e divisões sociais. Porém, a mesma tecnologia usada para espalhar mentiras também pode ser uma aliada na luta contra elas. Kohut separou dicas que entidades, organizações, empresas e as próprias pessoas podem adotar nesse período:
Ferramentas tecnológicas no combate à desinformação
Monitoramento em tempo real: A inteligência artificial e algoritmos avançados permitem identificar, em tempo real, conteúdos falsos que se espalham nas redes. Isso possibilita uma ação rápida antes que as fake news ganhem tração e prejudiquem o processo eleitoral. Nas eleições de 2018, esse tipo de tecnologia ajudou a derrubar informações enganosas em questão de horas, impedindo que alcançassem milhões de brasileiros.
Educação digital massiva: A conscientização é uma das melhores armas contra a desinformação. Campanhas desenvolvidas por empresas como a Infobip, usando canais como WhatsApp e SMS, têm ensinado milhões de eleitores a identificar fake news e a verificar a veracidade das informações que consomem. Em uma era em que quase 90% dos brasileiros já acreditaram em uma notícia falsa, promover a educação digital é essencial.
Respostas em tempo real: Ferramentas como o “Tira-Dúvidas”, desenvolvidas em parceria com o Tribunal Superior Eleitoral, ofereceram respostas verificadas aos eleitores em tempo real durante a última eleição presidencial. Em 2022, essa iniciativa evitou que milhares de eleitores fossem enganados por informações falsas, mostrando o poder da tecnologia em fornecer informações confiáveis e personalizadas.
“Além de ser o principal canal de comunicação dos brasileiros, o WhatsApp está em 99% dos smartphones utilizados no país. Ações governamentais como essa, que ocorreu num pleito tão polarizado e aquecido, mostrou o tanto que essas instituições estão abertas e podem aumentar os canais de comunicação para conversar com os públicos de interesse, assim como as principais empresas do país já fazem com seus clientes, por exemplo”, destaca.
O futuro do combate às fake news
No horizonte, novos desafios surgem. As fake news estão ficando mais sofisticadas, com o uso de deepfakes e outras formas de manipulação digital, como no caso recente da candidata à reeleição para a prefeitura de Bauru, Suéllen Rosim (PSD), que registrou um boletim de ocorrência após ser alvo de um ataque com imagem falsa durante o período eleitoral. Um outro exemplo de desinformação ocorreu com Sandy de Paula (União Brasil), candidata à Prefeitura de Juara, que foi alvo de notícias falsas no WhatsApp sobre a pauta de banheiros unissex. A candidata teve que desmentir a informação em suas redes sociais, esclarecendo que se tratava de uma fake news.
Por outro lado, a tecnologia também avança: sistemas de IA mais robustos, campanhas de alfabetização midiática e parcerias entre empresas de tecnologia e governos prometem fortalecer o combate à desinformação.
Entretanto, a luta contra as fake news não é apenas tecnológica. É também uma questão de responsabilidade coletiva. Como cidadãos, é fundamental verificar as fontes, compartilhar informações verdadeiras e exigir que líderes e plataformas digitais tomem medidas eficazes contra a disseminação de mentiras.
Uma chamada à ação
A desinformação nas eleições é uma ameaça real, mas não insuperável. A tecnologia está ao lado nessa batalha, e cada um tem um papel crucial a desempenhar. Ao compartilhar a verdade, verificar informações e cobrar responsabilidade, é possível garantir que as próximas eleições sejam mais justas e transparentes.
“A tecnologia tem o poder de educar e empoderar os eleitores, tornando-os menos vulneráveis às fake news. Juntos, podemos construir um futuro mais informado”, finaliza Kohut.
Sobre a Infobip
A Infobip é uma plataforma global de comunicação em nuvem que permite que as empresas criem experiências conectadas em todos os estágios da jornada do cliente. Acessadas por meio de uma única plataforma, as soluções de engajamento omnicanal, identidade, autenticação de usuário e centro de contato da Infobip ajudam empresas e parceiros a superar a complexidade das comunicações com o consumidor para expandir os negócios e aumentar a fidelidade. Com mais de uma década de experiência na indústria, a Infobip expandiu para mais de 70 escritórios em todo o mundo. Oferece tecnologia construída nativamente com capacidade para atingir mais de sete bilhões de dispositivos móveis e ‘coisas’ em 6 continentes conectados a mais de 9.700 conexões, das quais 800+ são conexões diretas de operadoras. A Infobip foi criada em 2006 e é liderada por seus cofundadores, CEO Silvio Kutić, Roberto Kutić e Izabel Jelenić.