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Combinação Covid-19 e queimadas é nociva à saúde, adverte Secretaria Estadual de Desenvolvimento Ambiental de Rondônia


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O Governo de Rondônia, por meio da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), começou o combate ao fogo com 50 policiais e fiscais ambientais do Estado, que já entraram em campo para missão preventiva.

A combinação fumaça e Covid-19 afetaria diretamente a rede hospitalar em tempo de pandemia mundial. Pessoas intoxicadas superlotariam hospitais, concorrendo com as vítimas do novo coronavírus.

As chuvas do inverno amazônico diminuíram e as equipes se distribuíram por áreas críticas, apontadas em levantamentos diários, via satélite, na Coordenadoria de Geociências (Cogeo).

Um grupo viajou para Nova Mamoré e Guajará-Mirim, outra equipe para Alto Paraíso, Itapuã do Oeste e Monte Negro. “Todos, devidamente bem cuidados pelos equipamentos de proteção individual, cumprindo rigidamente o decreto governamental”, enfatizou o coordenador de educação ambiental da Sedam, Fábio França.

Para a Sedam, no contexto atual, os impactos do avanço do desmatamento ilegal implicam novos custos para as políticas públicas, que podem competir com os já elevados custos de proteção social e ambiental em Rondônia.

“As evidências científicas mostravam, antes da Covid-19, os impactos do desmatamento na saúde humana. O aumento significativo das doenças transmitidas pela água, doenças respiratórias e surtos de enfermidades transmitidas por vetores foram associadas diretamente às alterações expressivas no ciclo das chuvas, como as secas e alagamentos gerados, em muitos casos, pelo desmatamento ilegal de áreas de floresta”, analisou o secretário estadual do desenvolvimento ambiental, Elias Rezende de Oliveira.

A Sedam constata que a chegada dessa doença a Rondônia pode tornar devastadores os efeitos do desmatamento e queimadas na saúde humana.

“Preocupa-nos também as condições básicas de sobrevivência, principalmente das populações de menor renda do nosso Estado, que depende diretamente de produtos de origem florestal”, disse o secretário.

Para o titular da Sedam, a pressão das atividades ilegais sobre a floresta, nas suas diversas modalidades e estágios, representa uma séria ameaça em um momento de mudanças significativas na economia. “Se o desmatamento já era considerado um dos principais riscos sociais associados à dinâmica de expansão econômica ilegal e desenfreada, com a Covid-19 os seus impactos sociais podem se multiplicar de forma exponencial”, alertou.

Fábio França no estúdio da Rádio Educadora em Guajará-Mirim

PENSAR NO PRESENTE
E NO FUTURO

Elias Rezende condenou a avidez pela floresta: “É tempo de pensar no presente e no futuro, não podemos ficar reféns de interesses ilegais e mesquinhos para o ganho monetário de curto prazo”.

Segundo justificou, a “ação ilegal de alguns gera diretamente custos adicionais e significativos para as políticas públicas, inclusive com perdas da arrecadação do Estado. Atividades de reparação dos danos gerados e a adoção de medidas para compensação social têm, no contexto da Covid-19, um custo ainda maior, e terão que ser absorvidos pela sociedade, pelo cidadão que paga impostos”.

O coordenador de educação ambiental, Fábio França, informou que as equipes estão visitando programas de rádio, sedes de associações comunitárias e até religiosas, no interior do Estado.

“Por precaução, ninguém se aglomera, e o objetivo é mesmo conscientizar a população, proprietários rurais, madeireiros e outros mais a evitar causar danos à natureza, neste período em que as atenções se voltam para a salvação de vidas, em sua maioria, por problemas respiratórios”, assinalou.

Para o coordenador, se o vírus é conhecido por “inimigo invisível”, a queimada não é, e só ocorre pela vontade do ser humano. A Sedam prossegue suas visitas durante o final do mês de maio e seguirá com sua programação em junho. Neste ano não haverá a campanha Junho Verde, atualmente substituída por ações diretas, incluindo o pit stop.

AVIÕES APAGARAM FOGO EM 2019

Em agosto do ano passado, sob os olhos do Brasil e do mundo, aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) jogaram água para apagar o fogo na floresta da Amazônia Ocidental Brasileira. Em operação conjunta com as Forças Armadas e Aeronáutica, o Governo do Estado precisou conter o avanço do fogo levado pelo vento para áreas rurais e urbanas.

Quase no final daquele mês, conforme dados do Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia, os focos de calor haviam aumentado 370% de focos de calor no mês de agosto, comparados ao total do mesmo mês, em 2018.

A corporação informava que 75% dos incêndios acontecem em seis municípios ao norte do Estado: Porto Velho, Cujubim, Candeias do Jamari, Nova Mamoré, Machadinho d’Oeste e Buritis.

Secom – Governo de Rondônia

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