Mato Grosso
Com risco de perder vacinas, Mato Grosso vai ampliar 4ª dose à população
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Com milhares de doses estocadas e com risco de perda, a Secretaria de Estado de Saúde vai ampliar a disponibilização da quarta dose da vacina contra a Covid-19 para a população em geral.
Atualmente, apenas os imunossuprimidos com idade acima de 18 anos podem tomar a segunda dose de reforço.
Uma reunião do Centro de Operações em Emergência em Saúde Pública (COE-MT), que é o responsável por esse tipo de decisão no enfrentamento à pandemia, será convocada para a próxima semana e, em seguida, a resolução será emitida pela Comissão Intergestora Bipartite (CIB-MT).
De acordo com o secretário da Pasta, Gilberto Figueiredo, o Estado tem um estoque substancial de vacinas e já está encontrando dificuldades para estocar novas doses enviadas pelo Governo Federal.
Vamos disponibilizar dose para quem quer viver, porque aqueles que não dão importância para a vacina, também não estão dando muita importância para a vida
“As vacinas, especialmente da Pfizer, requerem condições especiais de armazenamento, a -80ºC, e nós temos mais de 600 mil doses de vacinas estocadas”, afirmou.
“Por isso vamos dar vazão, ampliando a possibilidade de dose de reforço para aquela população que precisa e ampliando a sua imunidade”, acrescentou.
A liberação da quarta dose deverá seguir os protocolos já existentes, ou seja, com tempo mínimo de intervalo de quatro meses. A secretaria deverá fazer uma análise estatística para definir a escala de prioridade da população.
“Vamos tomar uma decisão segura para disponibilizar e a gente desafogar [o estoque], e disponibilizar dose a quem quer viver, porque aqueles que não dão importância para a vacina, também não estão dando muita importância para a vida”, afirmou Figueiredo.
Convocação da população
Segundo a SES, hoje o Estado tem estoque de vacinas à disposição dos municípios e doses para vacinar toda a população adulta e infantil e a pasta convoca as pessoas que já tomaram as duas primeiras doses da vacina a completarem o esquema vacinal, ou seja, buscarem as doses de reforço.
Os idosos, por exemplo, que foram os primeiros a serem vacinados quando a imunização teve início, já perderam parte da imunidade adquirida com as duas primeiras doses e se encontram vulneráveis diante da nova variante do vírus em circulação, a Ômicron.
“A maioria dos pacientes que tem a forma grave da doença, está sendo internada e demandando por um leito de UTI, e que está indo a óbito são da faixa etária acima de 60 anos e a maioria esmagadora não tem o esquema vacinal completo”, alertou o secretário.
“Não dá para as pessoas acreditarem que simplesmente porque tomou duas primeiras doses já estão totalmente seguras”, afirmou.
Midianews.com.br