Rondônia
Com apoio do Governo de Rondônia, escritor William Haverly conta história do ex-governador Teixeirão
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Teixeirão – Um estadista a serviço de Rondônia, conta histórias do mais lendário governador do estado. Escrito pelo escritor e acadêmico de letras William Haverly Martins, e impresso na Gráfica Imediata em Porto Velho, o livro reimpresso com o apoio do governo de Rondônia, será lançado quinta-feira, às 19h30, na sede da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil.
“Compilei vários fatos da vida dele, desde o nascimento em General Câmara (RS) à trajetória militar e política no Amazonas e Rondônia, onde estruturou o novo estado”, explica.
O ex-governador gaúcho de nascimento usou diversas vezes a palavra missão para identificar diversas atuações no extinto território federal e na concepção do estado. O autor detalha o trabalho dele, notadamente no que ele classificava de “cumprimento de missão” – em direta analogia à caserna.
Para avaliar o sentimento familiar e compará-lo à reação da população rondoniense em relação aos feitos governamentais, William Martins ouviu João Wilson Gondim, que foi secretário particular do ex-governador e integrante do movimento PDS Jovem. É a sigla do Partido Democrático Social, pelo qual Teixeirão conseguiu eleger, em 1982, três senadores da República, e cinco dois oito deputados federais.
Buscou também depoimento da ex-primeira dama Aida Teixeira, no Rio de Janeiro, e dos filhos do casal, Ruy Teixeira e Tsuyoshi Myamoto, este adotivo, engenheiro civil que estudou no Japão.
Uma carta inédita do ex-governador ao médico cearense Claudionor Roriz, revela o poder e a concessão de cada um por ocasião do convite formulado àquele político para ingressar no PDS. Inicialmente, Roriz hesitou, depois cedeu ao apelo do ex-governador. Da vivência profissional e política em Ji-Paraná, ele chegou ao Senado em 1983.
“O Estado é maior que o partido”, disse Teixeirão e Roriz, então militante do antigo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), cuja sigla foi resgatada em 2017.
O advogado e ex-conselheiro do Tribunal de Contas, Amadeu Guilherme Matzembacher Machado, elogia o livro: “Só por essa carta, vale a leitura”.
O autor também menciona depoimentos do historiador e acadêmico Francisco Matias e do jornalista e acadêmico Lúcio Albuquerque. Matias, por exemplo, explica as bases dos novos municípios lançadas por Guedes, as obras de Teixeirão, enfatizando a importância de cada um.
Guedes [20 de maio de 1975 a 10 de abril de 1979] fora escolhido pelo presidente Ernesto Geisel, e Teixeira [10 de abril de 1979 a 4 de janeiro de 1982, e daí, até 10 de maio de 1985], pelo presidente João Baptista de Oliveira.
PREFEITO DE MANAUS E GOVERNADOR DE RONDÔNIA
1947 – Filho de Adamastor Teixeira de Oliveira e de Durvalina Stilben de Oliveira. Oficial do Exército Brasileiro, Teixeira foi declarado aspirante da Arma de Artilharia na Academia Militar das Agulhas Negras. Formou-se também em Educação Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
1950 – Casou-se em 1950 com Aida Fibiger de Oliveira.
1966 – No exército, era paraquedista oficial de Estado-Maior e especialista em guerra na selva. Criou o Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), do qual foi o primeiro comandante, e também o Colégio Militar de Manaus (CMM).
1973 – Durante a Ditadura militar no Brasil (1964-1985), foi nomeado prefeito de Manaus, onde ficou até março de 1979. Foi também o último governador do antigo Território Federal de Rondônia e o primeiro governador do novo estado.
1987 – Faleceu no dia 28 de janeiro e seu corpo foi sepultado no cemitério São João Batista na cidade do Rio de Janeiro.