Economia
Com a pandemia, busca por empréstimos cresce
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A pandemia do novo coronavírus chegou ao Brasil no final de fevereiro deste ano e pegou centenas de milhares de pessoas desprevenidas, principalmente no quesito financeiro.
Por conta disso, o número de solicitações de empréstimo aumentou consideravelmente em 2020.
Segundo uma pesquisa divulgada pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), cerca de 55% dos empreendedores afirmaram que seria necessário pedir empréstimos para manter seu negócio em funcionamento. A pesquisa ouviu 6.080 empreendedores de todo país
Além disso, dados divulgados pelo Sebrae também apontou que 88% das empresas tiveram queda no faturamento, com perda média de 75%.
Isso aconteceu também porque alguns comércios, considerados não essenciais, ficaram fechados em respeito a quarentena estabelecida pelo Governo Federal.
E a crise não acabou, atualmente no Brasil a pandemia ainda não está controlada, mas existe a esperança da produção da vacina para o início do próximo ano.
Além disso, o país tem mais de 2 milhões de infectados e as mortes não param de subir, e passará das centenas de milhares de brasileiros que perderam suas vidas em decorrência do Covid-19.
Dificuldade para encontrar crédito
Entre os mais de 6 mil entrevistado, um dado foi mais preocupante, uma vez que 60% dos pequenos negócios que buscaram por empréstimo desde o início da pandemia, tiveram esse crédito negado.
Segundo a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), o crédito é fundamental para a sobrevivência das empresas, principalmente nessa época de pandemia. Ele auxilia a empresa a ter um fôlego e superar um momento de crise.
Quando as empresas encontram por esse crédito, o que precisam analisar é a taxa de juros cobrada pelos bancos, que costumam ser altas.
Outra opção no mercado que deve ser considerada na hora de fazer uma pesquisa é o empréstimo com garantia de imóvel, que costuma ter taxa de juros mais baixas.
Aumento no pedido de empréstimo
No final de junho deste ano, o Banco Central (BC) projetou um crescimento do total de pedidos de empréstimo em 2020. A estimativa passou de 4,8% para 7,6%.
Esse aumento se deu devido às dificuldades de trabalhadores autônomos e comerciantes conseguirem trabalhar, por conta do período de quarentena, e porque milhares de pessoas perderam o emprego.
Uma pesquisa do IBGE apontou que aproximadamente 9 milhões de pessoas ficaram desempregadas no 2º trimestre deste ano, quando houve o pico da pandemia. Isso também justifica esse aumento no número de pedido de empréstimo, visto que nem todos contavam com o seguro desemprego.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirmou que os principais bancos reportaram um aumento na demanda de pedidos por crédito, que subiu entre 5 a 10 vezes neste ano, por parte das empresas de grande porte.
Medidas
Além do crédito, outras medidas do governo auxiliaram a população durante essa época da pandemia.
Uma delas foi a liberação do auxílio emergencial, no valor de R$ 600 por cinco meses que ajudou milhares de pessoas a não precisar solicitar um empréstimo. O pagamento se estendeu as chefes de família, que receberam R$ 1200 por cinco meses também.
Outra medida foi voltada às empresas, que puderam contar com a ajuda do governo para o pagamento de parte dos salários dos funcionários. Outras liberações de créditos foram feitas pelo BNDS.
Porém as medidas não atendem a necessidade de todos e por isso continua crescendo a busca por novos empréstimos.
Além disso, a taxa de juros continua sendo alta, mesmo com a diminuição da taxa Selic, que chegou a 2%, o menor patamar histórico desde 1999.
Conclusão
O aumento nos pedidos de empréstimo rápido veio em conjunto com as dificuldades financeiras encontradas em todo o mundo desde o início da pandemia.
Mesmo assim é muito importante tomar diversos cuidados antes de pedir um empréstimo a uma instituição financeira.
Ou seja, antes de solicitar um empréstimo é necessário avaliar vários quesitos como a taxa de juros cobrada pelo banco, o CET, que é o custo efetivo total do empréstimo e as condições para pagamento.
Além disso, é importante que o empréstimo não comprometa mais que 30% do seu orçamento.
Tomando certos cuidados o empréstimo pode sim ser uma boa opção para organizar suas contas e fechar o ano com o orçamento positivo.
Assessoria