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Colesterol alto: sintomas, causas, dieta, remédios e como evitar


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Segundo a última Pesquisa Nacional de Saúde, publicada em 2017, 12,5% da população brasileira tem colesterol alto — o equivalente a cerca de 18 milhões de pessoas. Já um levantamento da Sociedade Brasileira de Cardiologia mostrou que 67% dos brasileiros desconhecem as próprias taxas deste composto químico gorduroso.

Entre outros fatores, especialistas apontam a falta de informação da população como uma das principais razões para o colesterol alto ser um problema crônico no Brasil — e tão difícil de controlar.

Em geral, podemos defini-lo como a condição em que o organismo apresenta níveis elevados do chamado LDL, mais popularmente conhecido como “colesterol ruim”. Quando isso ocorre, o risco de desenvolver doenças cardiovasculares, como infarto, aterosclerose e AVC, é bem maior. Entenda:

Causas e fatores de risco do colesterol alto

sedentarismo

Africa Studio/Shutterstock

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o colesterol alto está associado a uma série de fatores, mas geralmente é resultado principalmente da ausência de hábitos saudáveis e, também, de eventual predisposição genética.

Abaixo, conheça os principais fatores de risco para o colesterol elevado:

  • Maus hábitos e sedentarismo: não praticar exercícios físicos e não seguir uma dieta balanceada são, na maioria das vezes, a principal causa para níveis elevados de colesterol;
  • Fatores genéticos: ter histórico familiar pode aumentar as chances de alguém sofrer deste problema;
  • Tabagismo: entre os diversos problemas que podem ser provocados pelo fumo, o colesterol alto é um dos mais comuns;
  • Sobrepeso ou obesidade: quem está acima do peso — ou bem acima do peso — pode apresentar o problema com mais facilidade;
  • Exagero no álcool: o consumo exacerbado de bebidas alcoólicas pode aumentar as chances de colesterol alto e, consequentemente, de doenças cardíacas;
  • Diabetes mellitus: observa-se uma predominância grande do problema em pacientes com diabetes mellitus, em razão da quantidade elevada de açúcar presente na corrente sanguínea;
  • Menopausa: taxas altas de colesterol LDL são comuns em mulheres que acabaram de passar pela menopausa.

Sinais e sintomas de colesterol alto

O colesterol alto é um problema de saúde silencioso, de modo que isoladamente não apresenta sintomas.

Tanto é que as pessoas geralmente só o descobrem quando passam por exames de rotina ou quando apresentam alguma complicação decorrente. Assim, é importante ficar atento a sinais que podem indicar um problema mais grave:

  • Enjoos e vômitos
  • Fadiga
  • Indigestão
  • Mau hálito
  • Dor no peito
  • Dor de cabeça
  • Intolerância alimentar
  • Alergias de pele
  • Prisão de ventre ou constipação
  • Agitação
  • Inflamação das articulações
  • Visão embaçada

O colesterol alto LDL no organismo também pode resultar no depósito de gordura no fígado. Este problema, que pode ser bem grave, apresenta alguns sintomas específicos. Confira:

  • Presença de pequenas bolinhas de gordura na pele (xantelasma);
  • Inchaço na região do abdômen sem motivo aparente;
  • Aumento da sensibilidade na barriga.

Diagnóstico e exames frequentes

diagnóstico pressão alta

David Orcea/Shutterstock

Como o colesterol alto não manifesta sintomas por si só, a única forma de descobri-lo é por meio de exames de rotina. O mais comum é o chamado perfil lipídico, teste mais completo de todos pois traz resultados mais detalhados sobre todos os tipos — total, LDL, HDL (o chamado colesterol bom) — e triglicerídeos.

O intervalo entre os exames varia de acordo com o paciente e suas informações médicas. Por exemplo, para crianças é indicado que o teste seja realizado a cada 5 anos, mas se houver histórico de doenças cardiovasculares, o ideal é que o acompanhamento seja feito, pelo menos, de 2 em 2 anos.

O mesmo vale para adultos mais velhos: acima dos 45 anos, a recomendação é que os exames de rotina sejam realizados anualmente para garantir a prevenção total contra eventuais complicações.

Taxas de colesterol

Os resultados dos exames expõem as taxas de colesterol do paciente, cujos valores de referência variam de acordo com idade e sexo.

Em geral, os níveis de colesterol esperados para pessoas abaixo dos 19 anos são os mesmos tanto para homens quanto para mulheres. Depois dessa faixa etária, as taxas variam de acordo com o sexo. Confira:

Pessoas com 19 anos ou menos

  • HDL: acima de 45mg/dL;
  • LDL: inferior a 100mg/dL;
  • Não-HDL: inferior a 120mg/dl;
  • Colesterol total: inferior a 170mg/dL.

Homens acima dos 20 anos

  • HDL: 40mg/dL ou mais;
  • LDL: inferior a 100mg/dL;
  • Não-HDL: inferior a 130mg/dL;
  • Colesterol total: 125mg/dL a 200mg/dL.

Mulheres acima dos 20 anos

  • HDL: 50mg/dL ou mais;
  • LDL: inferior a 100mg/dL;
  • Não-HDL: inferior a 130mg/dL;
  • Colesterol total: 125mg/dL a 200mg/dL.

Tratamento para colesterol alto

Se a ausência de uma dieta equilibrada e o sedentarismo são algumas das principais causas do colesterol alto, a melhor forma de tratá-lo é promovendo uma mudança de hábitos significativa.

Veja o que não pode ficar de fora:

  • Adoção de alimentação saudável;
  • Redução considerável no consumo de bebidas alcoólicas;
  • Prática regular de exercícios físicos;
  • Controle do estresse e da ansiedade;
  • Não fumar.

Medicamentos

Pode ser necessário fazer uso de alguns remédios para colesterol alto — sempre sob orientação de um especialista — como as estatinas. Entre as mais famosas, estão sinvastatina, fluvastatina, pitavastatina e atorvastatina.

Dieta para colesterol alto

Alimentos para reduzir o colesterol

Utilize a lista abaixo para adaptar sua dieta e evitar ou tratar o colesterol alto:

  • Carnes magras, como aves (sem pele) e peixes;
  • Aveia;
  • Cevada;
  • Centeio;
  • Chocolate amargo;
  • Açaí
  • Azeite de oliva;
  • Chá verde;
  • Castanhas;
  • Nozes;
  • Amêndoas;
  • Feijão;
  • Soja;
  • Óleo vegetal;
  • Frutas, como maçã, uva, morango e cítricas;
  • Leite desnatado e derivados;
  • Alcachofra;
  • Vinho tinto.

Alimentos que devem ser evitados

  • Alimentos embutidos e processados;
  • Carnes vermelhas gordurosas;
  • Óleos processados, como óleo de soja ou de milho;
  • Frituras;
  • Sal em excesso;
  • Derivados do leite pasteurizados;
  • Açúcar em excesso.

Complicações

aterosclerose

Rocos/Shutterstock

Sem o tratamento adequado, o colesterol alto pode evoluir para uma série de quadros cardiovasculares, como aterosclerose — endurecimento das paredes dos vasos sanguíneos —, hipertensão, infarto, AVC (derrame cerebral), diabetes e outras doenças do fígado ou relacionados à vesícula biliar.

Por ser um problema de saúde silencioso e que não manifesta sintomas, o colesterol alto é perigoso e deve ser acompanhado de perto, dentro do intervalo de tempo padrão para cada faixa etária.

Para prevenir eventuais complicações, é fundamental não só fazer os exames necessários como também adotar um estilo de vida mais saudável.

Prevenindo o colesterol alto

As melhores formas de prevenir, na realidade, seguem exatamente as mesmas recomendações para quem já está com as taxas elevadas e precisa reduzir o excesso de colesterol LDL na corrente sanguínea.

Evitar frituras, não fumar, não exagerar no álcool, comer sempre frutas e verduras e praticar exercícios físicos com regularidade são hábitos saudáveis que toda pessoa deve ter para evitar o colesterol alto.

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