Mato Grosso
Clima tenso, tentativa de agressão e vandalismo marcam dia de paralisação de caminhoneiros em Lucas do Rio Verde
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Um caminhoneiro teve a carreta depredada por vândalos no final da tarde desta quarta-feira (30) em Lucas do Rio Verde. O incidente aconteceu no momento em que lideranças do movimento de paralisação liberavam caminhoneiros para seguir viagem. Durante toda a tarde, manifestantes bloquearam o km 686 liberando veículos de passeio, ambulâncias e ônibus, e retinham caminhões que haviam sido liberados do manifesto realizado em Nova Mutum. Os caminhoneiros eram orientados a ocupar um espaço num terreno localizado às margens da BR 163, também usado como ponto de concentração do movimento.
Durante a tarde, uma guarnição da Polícia Rodoviária Federal fez contato com os manifestantes e observou que havia descontentamento dos caminhoneiros que vieram da região de Cuiabá e Nova Mutum. Os agentes orientaram que a liderança permitisse que seguissem viagem. A guarnição ocupou um trecho próximo ao posto da concessionária Rota do Oeste localizado a poucos metros do local de concentração dos caminhoneiros.
Por volta de 17h40, caminhoneiros e a população que foi apoiar o movimento participaram de uma assembleia onde ficou definido que os caminhoneiros que quisessem poderiam seguir viagem. Mesmo a contragosto, apoiadores concordaram e mal foram liberados os primeiros veículos e ocorreu o incidente. O caminhoneiro foi provocado, insinuou que avançaria sobre manifestantes e acabou tendo o caminhão depredado. Com um pedaço de madeira, um homem acertou o parabrisa do veículo. Pára-choque e outras peças também foram danificados. O sistema de ar dos freios dos comboios também foi travado e a carga de soja derramada sobre a pista.
Manifestantes também tentaram invadir a cabine do veículo. Porém, os policiais rodoviários agiram impedimento que ele fosse agredido. A Polícia Civil também foi acionada para registrar boletim de ocorrência sobre o caso.
Por algum tempo a rodovia ficou interditada. Pra evitar novos transtornos, a PRF decidiu liberar os veículos pelo acostamento, já que a carga espalhada impede o tráfego no local.
Caminhoneiros
Um dos caminhoneiros que disse ter ajudado na mobilização afirmou que a depredação da carreta não foi obra de caminhoneiros, mas de pessoas da comunidade que foi convidada para apoiar e desvirtuou o movimento.
Outro caminhoneiro que veio de outra cidade e ficou retido, reclamou que foram coagidos a ficar no local, denunciando que não havia estrutura suficiente, como a presença de banheiros para higiene pessoal ou espaço adequado para lavar roupas.