As boas surpresas do Equador
Da Amazônia equatoriana, passando pelos Andes e pela Costa do Pacífico, o país guarda boas surpresas que vão muito além da mítica ilha de Galápagos.
Quito
Geralmente passamos correndo por Quito numa rápida conexão para outro destino equatoriano, o que é uma pena, tendo em vista as diversas atrações interessantes que a capital tem a oferecer, principalmente para quem gosta de cidades históricas.
Quito preserva, com muito orgulho, o título de primeiro patrimônio cultural da humanidade, conquistado graças ao seu centro histórico que foi todo restaurado. Museus, centros culturais, igrejas, catedrais barrocas e casarios coloniais emolduram as ruelas da Ciudad Vieja.
Além de ajudar na aclimatação à altitude, que no Equador não é brincadeira, ao ficar mais tempo em Quito, você ainda consegue conhecer o bairro La Floresta, o teleférico, o parque da Mitad del Mundo e fazer um bate-volta para visitar a feira de artesanatos de Otavalo.
Termas de Papallacta
Às margens do rio Papallacta e no começo da amazônia equatoriana, as Termas de Papallacta são muito visitadas por quem procura por fontes de águas termais e por quem quer fazer tratamentos relaxantes graças às propriedades medicinais das fontes provenientes do vulcão Antisana.
Eu não sou admiradora do turismo termal, mas o que mais me chamou a atenção na região das Termas de Papallacta foi a beleza natural do seu entorno: grandes paredões de mata fechada, barulho constante do rio caudaloso e muitas opções de atividades de puro contato com a natureza.
Vulcão Quilotoa
Ao chegar no topo do Vulcão Quilotoa , fiquei com a impressão de estar em um dos cenários mais incríveis da América do Sul. É um lugar que faz jus ao clichê máximo dos textos de turismo “de tirar o fôlego!” Tá certo que o fator altitude contribui naturalmente para a falta de ar, mas o cenário é realmente incrível.
O vulcão fica a cerca de 3.900 metros de altitude e, no topo da sua cratera, em vez de magma efervescente, está um lago que mescla um azul intenso com um verde esmeralda.
O acesso é fácil e não é preciso ser atleta olímpico para conseguir contemplar a beleza do Quilotoa. Ao chegar no vilarejo na base do vulcão, é preciso pagar uma taxa simbólica de dois dólares pela entrada e depois caminhar numa subida de mais ou menos 10 minutos. Vale cada passo.
Trem Nariz del Diablo
A rota mais conhecida entre os trens turísticos no Equador é a Nariz del Diablo. Esse é um dos passeios ideais para conhecer a transformação dos cenários no país em um curto trajeto feito em zig-zag. O roteiro parte da pequena cidade de Alausi e vai até o povoado de Sibambe, de onde é possível ver a montanha com o “formato” do nariz do diabo.
O trem ainda carrega alguns folclores que dizem que, durante sua construção em meados do século XIX, muitos homens morreram enquanto tentavam explodir as grandes pedras que formam as montanhas que circundam os trilhos.
Muitos dizem que esse percurso é um dos mais perigosos do mundo, já que a rota baixa 500 metros de altitude em pouco tempo, mas, com o último projeto de revitalização, o trem se tornou um programa tranquilo para toda a família ????
Cuenca
Cuenca é um belo exemplo da arquitetura colonial espanhola ainda muito bem preservada e, assim como Quito, também guarda o título de patrimônio mundial da Unesco.
Ela é a terceira maior cidade do país e seu centro é repleto de igrejas, museus, prédios históricos, mercados populares e praças que formam um conjunto muito interessante de se conhecer caminhando meio sem rumo.
Um dos programas mais curiosos é uma visita ao Mercado 10 de Agosto. Lá você vai encontrar produtos típicos, como frutas e temperos diferentes, e um bocado de pratos regionais, como a versão equatoriana do chicharón peruano.
Outro orgulho para os moradores de Cuenca são seus tradicionais chapéus Panamá, que, na verdade, são feitos desde sempre no Equador e não no Panamá como o nome sugere.
Ah! De Cuenca também é possível fazer um bate-volta até as ruinas incas de Ingapirca, outro programa interessante no interior do país.