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Cientista cidadã da Nasa, paraense de 10 anos conquista bronze em olimpíada internacional de matemática


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Paraense de berço, Isabella Fernanda tem 10 anos de idade e entre mais de 40 mil alunos de 23 países, a cientista cidadã da Nasa conquistou o bronze na Olimpíada Internacional de Matemática da Tailândia (TIMO) na última quarta-feira (2), sendo a única representante do Pará.

“Fiquei muito feliz em representar o Pará e ser uma paraense medalhista em olimpíadas internacionais. Quero estimular outras crianças a fazerem isso também”, comentou a menina.

 

Entre mais de 20 medalhas e certificados em cursos e competições nacionais e internacionais na área das ciências, Isabella alcançou mais uma na disputa asiática, que ocorreu de modo on-line no último domingo (27), por conta da pandemia de Covid-19.

“Eu gosto muito de matemática e ciência desde bem pequena e sempre fui muita curiosa. Gosto muito de estudar e de Astronomia. O espaço me fascina“, contou Isabella, que iniciou os estudos aprofundados no mundo dos cálculos com apenas seis anos de idade.

Mãe é a maior incentivadora dos sonhos da filha e pequena cientista. — Foto: Arquivo pessoal / Larissa Gomes

Mãe é a maior incentivadora dos sonhos da filha e pequena cientista. — Foto: Arquivo pessoal / Larissa Gomes

Segundo a maior incentivadora de Isabella, a mãe Larissa Gomes, o interesse da menina em participar de competições nas habilidades que tanto gostava se intensificou durante o isolamento social, ainda em 2020, quando ela pediu para Larissa a ajudar na busca de cursos e competições na área.

Para a estudante, que está no quinto ano do ensino fundamental, a educação foi a responsável por mudar a própria vida. “É através dela que vamos conseguir realizar nossos sonhos e transformar um mundo em lugar melhor”, acrescentou.

A primeira competição matemática que a aluna ganhou foi internacional, a BRICSMath, em 2020, que envolveu países participantes do bloco econômico BRICS — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

De lá para cá, Isabella se tornou cientista cidadã da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa), após detectar cindo asteroides em um programa da instituição, que ocorreu entre setembro e outubro de 2021, com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).

Isabella detectou cinco asteroides durante um programa da Nasa, em 2021. — Foto: Arquivo pessoal

Isabella detectou cinco asteroides durante um programa da Nasa, em 2021. — Foto: Arquivo pessoal

“Hoje sou cientista júnior, tenho aulas semanais e estudo para fazer projetos científicos. Uns dos meus sonhos já realizei: ser cientista. Quero ajudar a levar a humanidade para colonizar Marte, ajudar as crianças na ciência e ser engenheira aeroespacial”, contou Isabella.

Preparação

 

Com quatro medalhas de ouro em disputas nacionais, entre elas a Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) e a Olimpíada Brasileira de Educação Financeira (OBEF), além de cinco de ouro e prata em competições internacionais com concorrentes de quatro continentes, Isabella explicou que não poupa esforços na preparação.

De acordo com ela, as aulas específicas semanais são reforçadas com o planejamento diário feito pela mãe, que também engloba e reconhece a importância do lazer na rotina da pequena cientista.

“Peço para a mamãe imprimir exercícios e provas anteriores para estudar. Um mês antes da prova, faço em média 50 questões por dia“, pontuou Isabella.

Isabella é a única paraense na competição da TIMO. — Foto: Arquivo pessoal

Isabella é a única paraense na competição da TIMO. — Foto: Arquivo pessoal

Ela ainda relatou que a Olimpíada Internacional de Matemática da Tailândia (TIMO) envolve questões de raciocínio lógico, aritmética, álgebra, teoria dos números, geometria e combinatória. A final com todos os medalhistas ocorrerá no dia dois de abril deste ano.

Para se inteirar sobre o assunto e participar de competições em ciências e matemática, Larissa destacou a importância em ficar ligado nos sites e canais de comunicação das disputas, além de informar a escola para a realização da inscrição e solicitar o apoio educativo necessário.

*Sob supervisão de Gil Sóter.

G1.globo.com

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