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China proíbe cópia de hinos e pune cristãos que imprimem materiais religiosos
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A China tem aumentado as restrições à distribuição de materiais religiosos nos últimos meses, ameaçando multas, o fechamento de gráficas ou até mesmo prisão por vender livros cristãos ou permitir que clientes fotocopiem hinos.
Bitter Winter , uma publicação que monitora as violações da liberdade religiosa na China, relata que neste mês, funcionários do Partido Comunista Chinês em Luoyang, uma cidade de nível municipal na província central de Henan, vasculharam uma gráfica local em busca de materiais religiosos proibidos.
“Qualquer conteúdo religioso torna a questão política, não religiosa. Embora faixas nas ruas digam que as pessoas têm crenças religiosas, a única fé que elas podem praticar livremente é a do Partido Comunista ”, disse o gerente de uma loja a Bitter Winter.
Como as inspeções são “muito rigorosas”, o gerente disse que se recusa a imprimir materiais religiosos.
“Eles verificaram meu armazém, examinaram todos os registros e até examinaram folhas de papel no chão para ver se tinham conteúdo proibido”, disse o gerente à Bitter Winter. “Se algum desses conteúdos for encontrado, serei multado ou, pior, meu negócio será encerrado.”
Um trabalhador de uma segunda empresa de fotocópias em Luoyang revelou que a proibição de materiais religiosos ilegais se aplica à fotocópia de hinos. Aqueles que publicam materiais religiosos enfrentam duras repercussões, incluindo multas e, em alguns casos, prisão.
“Nem me atrevo a fazer cópias de duas folhas com hinos religiosos por causa de investigações rigorosas”, disse o trabalhador. “Disseram-me para denunciar qualquer pessoa que vier copiar materiais religiosos.”
Um trabalhador de outra loja disse a Bitter Winter: “Se não temos certeza se um texto é religioso, devemos guardar sua cópia e relatá-lo às autoridades”.
Publicações religiosas não aprovadas importadas de outros países são rotuladas como “contrabando”.
“O governo exerce um controle estrito sobre as mercadorias enviadas pelo correio”, disse o funcionário de uma empresa de correspondências em Luoyang. “Só o envio de livros aprovados pelo governo é permitido. Todos os livros com ‘má informação’, incluindo religião, não podem ser despachados”.
Em 20 de junho, uma fiel da Igreja Adventista do Sétimo Dia na cidade de Jiyuan, em Henan, foi ao correio para enviar materiais evangélicos para sua filha no exterior, mas foi informada de que suas publicações eram “objetos ilegais”.
“Eu sabia que era ilegal enviar objetos inflamáveis, drogas, armas e munições, mas até materiais religiosos agora são ilegais”, lamentou a cristã.
Restrições à liberdade de correspondências acontecem não só entre os cristãos. No início de setembro, mais de 100 budistas da cidade de Weihai, na província de Shandong, compraram CDs online com sermões de Khenpo Sodargye, um conhecido mestre budista tibetano.
Quando o remetente levou o pacote para um correio na capital provincial de Jinan, acabou sendo preso. Os nomes e endereços dos compradores foram encaminhados para as delegacias em Weihai e os budistas foram convocados para interrogatório.
“Por causa do controle rígido, os livros budistas não aprovados pelo Estado só podem ser comprados por meio de fontes clandestinas”, disse um budista de Weihai.
Durante uma reunião sobre budismo, organizada em 31 de julho pelo Bureau de Assuntos Religiosos da cidade de Fuzhou, na província de Jiangxi, todos os templos da cidade foram proibidos de guardar livros religiosos de Hong Kong e Taiwan. A ordem foi tomada em nome da “prevenção de infiltração estrangeira”.
“O governo controla as religiões por medo de que as pessoas de fé sejam influenciadas por estrangeiros para irem contra o Partido Comunista”, comentou o diretor de um templo budista em Jiangxi. “O governo controla todos os livros sobre o budismo; nada que não esteja de acordo com a ideologia do PCC é permitido e considerado ilegal. Apenas materiais religiosos que promovem o Partido têm permissão para circular”.
Folha Gospel com informações de The Christian Post e Bitter Winter