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Cheia do rio Madeira gera transtornos e prejuízos na estrada do Belmont em Porto Velho
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A cheia do rio Madeira está gerando transtornos e prejuízos na estrada do Belmont em Porto Velho. A água invade casas desde o fim de semana e já desabrigou famílias em várias regiões da estrada. Motoristas de carretas que passam pela via, principal rota aos portos e empresas da capital, reclamam da situação de inundação.
Mesmo com com a água cobrindo a estrada, motoristas e moradores tentam seguir com a rotina normal e encaram os buracos escondidos na alagação. O tráfego de veículos na região ainda não foi interrompido.
Segundo o subcomandante do Corpo de Bombeiros, coronel Gilvander Gregório, a corporação tem visitado as áreas alagadas pelas cheias em várias regiões do estado, dentre elas a estrada do Belmont.
Casas são alagadas em Porto Velho pelo rio madeira — Foto: Cássia Firmino/G1
Ele afirma que rotas alternativas estão sendo feitas para os serviços não pararem nos portos da capital.
“Nossa equipe visitou o CaiN’água, a região de Candeias do Jamari, Araras, Abunã. Aqui (estrada do Belmont) nós vamos solicitar que seja feito um aterramento com pedras, pois a tendência é que o nível do rio continue subindo e aqui é uma rota importante para os portos e as empresas do estado”, diz.
Aves se abrigam em barco na estrada do Belmont — Foto: Cássia Firmino/G1
Famílias atingidas
O nível do rio Madeira segue acima da cota de transbordamento, de 17 metros, desde o último sábado (2). De acordo com a Defesa Civil, cerca de 400 pessoas já foram atingidas pelas cheias, e mais de 10 famílias também seguem desabrigadas, além de outras 28 desalojadas.
Uma das famílias atingidas é a de Terezinha Pereira da Silva, de 35 anos. Moradora do bairro Nacional desde 2013, ela permanece na casa, que já está com o terreno inundado.
Desempregada e morando com outros três filhos, ela recebeu a visita da Defesa Civil na residência na quarta-feira (6). Alguns móveis foram retirados do local e enviados para uma das escolas usadas como alojamento aos moradores que precisaram deixar suas residências.
Família usa barco para navegar no quintal de casa — Foto: Cássia Firmino/G1
“Eu já não estou mais na parte de baixo, já fui lá para cima. E não vou sair porque a escola da minha filha é bem aqui pertinho. Para onde estão levando a gente fica muito longe, e eu estou desempregada e não tenho recurso para ficar indo e vindo. Quando cobrir a parte de cima talvez eu saia. Ontem mesmo nós já matamos cobra, escorpião, aparece um monte de coisa”, diz a dona de casa.
O G1 tentou contato com o Departamento de Estrada e Rodagens e Transporte (DER) e também com a Secretaria Municipal de Obras (Semob) para saber a previsão do trabalho paliativo na região, mas ainda não teve retorno.
Moradores tentam driblar água do rio na estrada do Belmont — Foto: Cássia Firmino/G1
Por Cássia Firmino, estagiária do G1 Rondônia, sob supervisão de Jonatas Boni.