Mato Grosso
Cerca de 4 mil empresas poderiam aderir ao mercado livre de energia e reduzir fatura em Mato Grosso
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Mato Grosso possui cerca de 4 mil empresas que já poderiam migrar para o mercado livre de energia, segundo um estudo da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Os benefícios deste ambiente de contratação incluem potencial economia na tarifa, migração para energia renovável, maior controle e uso mais eficiente do recurso. Gráficas, faculdades, hospitais, clubes e pequenas indústrias são exemplos de setores para os quais a migração é bastante vantajosa.
“Mato Grosso é um estado chave na região Centro-Oeste para popularização da opção pelo mercado livre de energia em todo país. Com mais informação, as pequenas e médias empresas terão acesso a um modelo que promove maior economia e sustentabilidade e que até hoje só estava disponível para as grandes organizações”, ressalta destaca Claudio Ribeiro, CEO da 2W.
Segundo dados da CCEE, o mercado livre de energia do Brasil registrou salto de 30% em novas unidades consumidoras no primeiro trimestre de 2023, mantendo o ritmo de crescimento antes da aguardada abertura para um universo maior de consumidores a partir de 2024, quando as taxas de migração devem acelerar. Entre janeiro e março deste ano, foram registrados na CCEE 1,4 mil novos pontos de consumo, fazendo com que o “ACL” (Ambiente de Contratação Livre) alcançasse um total de 32 mil consumidores habilitados a negociar livremente a compra de energia junto a qualquer fornecedor, comercializador ou gerador. Uma portaria editada no ano passado deu impulso à liberalização do mercado de energia a todos os consumidores conectados em alta tensão. Na prática, isso significa que cerca de 100 mil novos consumidores de menor porte, como padarias e outros pequenos comércios, estarão aptos a migrar ao ACL, o que se espera ocorra a partir de 2024.
ENERGIA RENOVÁVEL – O Brasil produziu quase 70 mil megawatts médios nos primeiros meses desse ano e 94% dessa energia elétrica foram geradas por fontes renováveis. Segundo levantamento da CCEE, este é o maior índice de participação de energia limpa na matriz energética do país nos últimos 10 anos. A maior parte foi gerada pelas hidrelétricas (77%), seguidas das usinas eólicas (12%), solares (3%) e biomassa (2%).
“Estamos chegando ao final do período úmido com níveis confortáveis nos reservatórios de água do país e com boa representatividade das fontes alternativas, que ajudam a complementar a oferta de energia. Será um ano sustentável, no que diz respeito aos ganhos para o meio ambiente, e muito mais confortável do ponto de vista segurança no fornecimento para a população”, avalia Rui Altieri, presidente da CCEE.
O cenário favorável para a geração hídrica ainda permitiu ao Brasil exportar 1.445 mW médios para a Argentina e Uruguai no primeiro trimestre, volume recorde na história das negociações de energia com os países vizinhos. Uma boa parte foi enviada pelo mecanismo de Energia Vertida Turbinável(EVT), uma operação lançada recentemente com o apoio da CCEE para otimizar o uso de recursos hídricos.
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