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Caso Henry: Jairinho enforcou Monique 5 dias antes da morte de Henry, diz babá
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Mensagens encontradas no celular da babá de Henry Borel indicam que o vereador Dr. Jairinho (sem partido) enforcou e agrediu a professora Monique Medeiros cinco dias antes da morte do menino. As informações são do Uol.
Em uma conversa por Whatsapp com o pai dela, Thayná de Oliveira Ferreira contou que o parlamentar estava com malas prontas para deixar o apartamento na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, após uma briga do casal.
Conforme a babá, Jairinho continuaria arcando com as despesas de Monique, que estaria ameaçando prejudicá-lo. “As malas dele está [sic] lá. Ele bateu nela. Enforcou. E ela disse que ele vai sair. Mas que vai ficar pagando as coisas dela. Senão vai f* ele. Aí ele tá com o rabo entre as pernas”, escreveu Thayná para o pai no último dia 3 de março.
Ainda segundo a babá de Henry, Jairinho “passou o dia todo ligando” para Monique após as agressões. “Conversando. Chamando de amor. Como se nada tivesse acontecido”, relatou. De acordo com a polícia, apesar do relato da agressão contra Monique, a mensagem da babá é uma “prova” de que a mãe de Henry não era manipulada pelo parlamentar.
Em uma das cartas escritas da prisão, Monique narra outras agressões e alega que foi manipulada pelo parlamentar após a morte de Henry.
“[A investigação] Desprezou repetição de comportamento criminoso padrão de violências contra mulheres e crianças, sem levar em conta que Monique é mais uma das muitas vítimas, com o terrível diferencial da trágica morte de Henry”, afirmou a defesa dela.
Morte de Henry
Na terça-feira (4), a Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou os dois por homicídio duplamente qualificado pela morte de Henry Borel, de 4 anos.
Laudo do Instituto Médico Legal revelou que o menino, morto no dia 8 de março, sofreu 23 lesões, três delas na cabeça, e morreu devido a uma hemorragia no fígado provocada por ação violenta.
Além do homicídio, Jairinho também foi indiciado por dois episódios de crime de tortura ocorridos em fevereiro e Monique, por tortura por omissão, porque, segundo as investigações, ela sabia que o filho estava sendo torturado e não agiu para evitar o crime.
O inquérito foi enviado para o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro que vai decidir se denuncia ou não o casal pelos crimes. O casal está preso desde o último dia 8. Depois da prisão, Monique e Jairinho passaram a ter advogados diferentes.
Istoe.com.br