Nacional
Caso Henry: após quarentena, Jairinho deixa isolamento e vai para cela coletiva em presídio
Compartilhe:
O médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido), deixou, na tarde desta quinta-feira, dia 29, a cela C3 do Presídio Pedrolino Werling de Oliveira, no Complexo de Gericinó, conhecido como Bangu 8. Ele foi encaminhado ao espaço coletivo, após passar pela chamada classificação de risco – procedimento no qual o diretor, desde o ingresso do parlamentar no local, em 8 de abril, analisou a “aceitação” dos demais presos ao convívio com ele. Jairinho é acusado pela morte do menino Henry Borel, de 4 anos, filho de sua namorada, a professora Monique Medeiros da Costa e Silva, que tambem está presa.
Atualmente, a unidade de Bangu 8, com capacidade para 140 presos, possui a metade desse número, divididos em cinco galerias. Todos têm diploma de curso superior ou têm envolvimento em investigações da operação Lava Jato. Na galeria E, por exemplo, está o ex-governador Sérgio Cabral.
No último dia 16, Jairinho procurou atendimento médico no Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho, também no Complexo de Gericinó, e relatou sentir dores de cabeça, tontura e um quadro de ansiedade. O vereador foi medicado e, ao retornar a unidade, entrou em nova quarentena na cela C3 por mais 14 dias, seguindo os protocolos contra a Covid-19 da Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap).
Já Monique, mãe de Henry, permanece isolada no Hamilton Agostinho. Ela testou positivo, no dia 19, em um exame PCR feito no Instituto Penal Ismael Sirieiro, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, onde estava presa desde então. Em nota, a Seap informou que ela está recebendo atendimento médico e só retornará à unidade quando apresentar melhora em seu quadro de saúde.
De acordo com o laudo da tomografia computadorizada realizada por ela no Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, ao qual o GLOBO teve acesso exclusivo, 5% dos pulmões dela estavam comprometidos pela doença, no dia 20. “A extensão do acometimento do parênquima pulmonar é de 5%”, diz trecho do laudo, que relata ainda que a área afetada é o lobo inferior esquerdo do pulmão.
Extra.globo.com